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As voltas que o mundo dá

Apesar de ser uma economia relativamente fechada, o Brasil é dependente da exportação de commodities e de investimentos estrangeiros.

Marcus Pestana

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27/7/2024 | Atualizado 29/7/2024 às 16:29

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Foto: Pexels

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Apesar de ser uma economia relativamente fechada, o Brasil é altamente dependente da exportação de commodities e da entrada de investimentos diretos estrangeiros para o financiamento de seu balanço de pagamentos. Portanto, as oscilações no cenário internacional impactam diretamente na dinâmica da economia brasileira e em nossos interesses nacionais. O fato mais marcante que ainda teremos em 2024 são sem dúvida alguma as eleições americanas. As fragilidades pessoais expostas do presidente Joe Biden, após um bom governo, levaram Donald Trump, um ator político supostamente aposentado pela história, após a invasão do Capitólio e seus múltiplos processos no judiciário, a uma surpreendente posição de favoritismo nas eleições. A substituição da candidatura dos democratas por Kamala Harris zera o placar e recupera a competitividade do partido de Obama, Clinton e Biden. A possível vitória de Trump terá profundas repercussões para o Brasil e a realidade global. O nacionalismo populista autoritário de Trump recrudescerá a postura protecionista dos EUA (o Brasil exporta para lá produtos siderúrgicos, aeronaves, óleos brutos, celulose, café, suco de frutas etc). Além disso, a radicalização da polarização com a China certamente tensionará as relações internacionais e afetará o comércio internacional. Outra repercussão, é a desestabilização da OTAN e da União Europeia e o fortalecimento de Putin. Isto será muito ruim para a consolidação da democracia em escala global, já que as potências líderes estarão sob o comando de governos autoritários (EUA, Rússia e China). A luta pela democratização de países periféricos como Venezuela, Cuba, Nicarágua, Coreia do Norte, Irã, será enfraquecida. A vitória de Kamala Harris tem importância que vai muito além das fronteiras dos EUA. Nenhum vento de renovação soprará a partir da Rússia e China. Enquanto isto, o único interlocutor que poderia ter assento relevante nesta mesa, a Europa, é palco de sucessivos impasses políticos como os vividos recentemente por Espanha, Portugal e França e o crescimento do populismo autoritário de direita nas eleições para o Parlamento Europeu de 2024. Há um absoluto vácuo de lideranças do quilate de Ângela Merkel, Bill Clinton, Obama, Tony Blair, Felipe Gonzalez, FHC, Mario Soares, Gorbachev. Embora lideranças como Le Pen e Meloni tentem suavizar seus discursos para ganhar o centro político, sua essência não tem raízes nos valores democráticos. Órfãos da globalização abraçam alternativas exóticas como a França Insubmissa, de extrema-esquerda, e a Alternativa para a Alemanha, de extrema-direita. Mais do que nunca é imprescindível o diálogo entre conservadores democráticos, liberais, centristas, social-democratas e a esquerda democrática para a construção de pontes em favor da democracia e do crescimento inclusivo e sustentável, e barreiras às posturas extremistas, desestabilizadoras e temerárias. Ao Brasil cabe manter a tradição de sua diplomacia através de uma postura pragmática, não ufanista, soft power, sem a busca de protagonismos irrealistas e alinhamentos equivocados. Ao mesmo tempo, sem ambiguidades e tergiversações quando estiverem em jogo os valores da democracia, da equidade social e da sustentabilidade ambiental.
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