A coligação A Força do Povo, do presidente Lula, apresentou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) representação contra a coligação Por um Brasil Decente, do candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB). O documento, entregue ontem (31/8), requere a proibição da propaganda eleitoral gratuita do candidato tucano exibida na última terça-feira (29/8) e a perda de espaço na TV.
De acordo com a representação, Alckmin teria apresentado no final do programa declaração que "além de ofensiva, procura ridicularizar e degradar" a coligação petista. Sem contar que os ataques foram feitos por uma apresentadora que não se identificou nem mencionou a qual legenda pertencia.
"Você já parou para pensar no mal que a corrupção faz ao Brasil?", afirmava uma mensagem depois do programa de Alckmin. "Waldomiro, mensalão, caixa 2, dinheiro na cueca, sanguessuga, corrupção nos correios, ninguém agüenta mais ouvir tanta notícia de corrupção. E o pior é que nos últimos dois anos foi assim, uma notícia atrás da outra. Vários ministros do atual presidente foram denunciados e tiveram que pedir demissão ...", disse a apresentadora.
Além disso, o documento ressalta que o programa eleitoral "usou de montagem e trucagem para desvirtuar a realidade, dando ao telespectador a aparência de que seu programa acabara e começara outro".
Por fim, alegou que o ato foi uma irregularidade segundo a Lei Eleitoral, que especifica a obrigatoriedade de toda propaganda mencionar a legenda partidária. Além de proibir o emprego de meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais.
Se a representação for julgada procedente, a coligação Por um Brasil Decente poderá perder três minutos e 12 segundos no horário eleitoral gratuito, o que corresponde ao dobro do que foi utilizado na referida propaganda.