Em discurso a prefeitos, Alckmin comete gafe e confunde HIV com HPV

O vice-presidente da República Geraldo Alckmin, cometeu uma gafe na manhã desta terça-feira (28), e confundiu HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), causador da Aids, com o HPV (Vírus do Papiloma Humano), que causa o câncer do colo do útero. A confusão ocorreu durante o discurso de abertura da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, popularmente conhecida como Marcha dos Prefeitos, que ocorre em Brasília. "Deixo uma dica aqui. Todo o menino e toda a menina na sua cidade tem de estar vacinado contra o HIV. O câncer de colo uterino, que até pouquinho tempo atrás era a maior causa de câncer entre as mulheres", disse o vice-presidente, sob aplausos do público presente. Ainda durante sua fala, Alckmin percebeu a gafe e logo se corrigiu. "HPV. HPV, que era a maior causa de câncer entre as mulheres, será erradicado com a vacina do papiloma vírus. [embed]https://www.youtube.com/watch?v=UuHg5wI-RtM&t=1s[/embed] Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que haja de 9 a 10 milhões de infectados por esse vírus no Brasil e que a cada ano surgem 700 mil novos casos de infecção. Pessoas infectadas com o vírus têm chance de desenvolvimento de cânceres associados ao HPV quatro vezes maior que entre pessoas vivendo com HIV/Aids e transplantados do que na população sem a doença ou transplante. A vacina contra o HPV é gratuita na rede pública de saúde. A imunização  quadrivalente pode prevenir os cânceres relacionados aos HPV 16 e 18; de colo do útero; vulva e vagina; câncer peniano e cânceres de orofaringe e anal em homens e mulheres, além das verrugas genitais nos dois sexos relacionadas ao HPV 6 e 1. Os dados do Ministério da Saúde, contudo, apontam uma queda brusca nos índices de vacinação contra a doença nos últimos anos. Em 2019, 87,08% das meninas brasileiras entre 9 e 14 anos de idade receberam a primeira dose da vacina. Em 2022, a cobertura caiu para 75,81%. Entre os meninos, os números também são preocupantes: a cobertura vacinal caiu de 61,55% em 2019 para 52,16% em 2022.