Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
16/9/2005 | Atualizado 20/9/2005 às 16:46
Edson Sardinha
Celso Daniel
Assassinado com requintes de crueldade em janeiro de 2002, o ex-prefeito de Santo André teve o seu nome incluído na crise política pelo irmão, o médico João Francisco Daniel, em depoimento à CPI dos Bingos. Ao envolver petistas graúdos e entregar um dossiê sobre a suposta máfia do lixo aos integrantes da comissão, o médico afirmou que o irmão foi morto porque não compactuava com o esquema de corrupção e caixa dois supostamente montado na prefeitura para financiar a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O mentor do esquema, segundo João Francisco, seria o então secretário municipal de Obras, Klinger de Oliveira Souza, responsável por fechar negócios com empresas do ramo de limpeza. O recebimento das propinas da chamada "máfia do lixo", afirmou ele, contava com o apoio dos empresários Ronan Maria Pinto e Sérgio Gomes da Silva, o "Sombra". Segundo o irmão do ex-prefeito, "Sombra", um ex-segurança pessoal de Celso Daniel que estava no carro com o prefeito no momento do seqüestro, participou do crime. O ex-assessor chegou a ser preso preventivamente. O caso é um dos mais nebulosos envolvendo integrantes do PT. O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), combativo defensor dos direitos humanos, é acusado pelo Ministério Público paulista de atrapalhar as investigações do assassinato. Greenhalgh deve prestar depoimento à CPI dos Bingos nos próximos dias.
José Augusto Dumont
Ex-vice-presidente do Banco Rural, Dumont era amigo íntimo do empresário Marcos Valério Fernandes, a quem concedeu empréstimo no valor de R$ 55 milhões. O dinheiro, segundo Valério, teria sido distribuído pelo PT a partidos da base aliada para pagamento de campanha eleitoral. Em depoimento à CPI dos Correios, Fernanda Karina Sommaggio, ex-secretária do empresário mineiro, disse que o ex-patrão e o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, viajavam constantemente a Brasília, no jato particular de Dumont, para fazer lobby para o banco. Segundo ela, o principal objetivo das viagens era "blindar" o banqueiro das investigações da CPI do Banestado, relatada pelo deputado José Mentor (PT-SP). O petista está na lista dos sacadores das contas de Valério e, por isso, corre o risco de perder o mandato. Dumont também teria facilitado a liberação de um empréstimo no valor de R$ 200 mil a uma das ex-mulheres do então ministro José Dirceu graças à intervenção de Valério. Em depoimento à CPI dos Correios, a atual presidente do banco, Kátia Rabelo, afirmou que não tinha conhecimento dos empréstimos e que vai cobrar a dívida do empresário mineiro.
José Carlos Martinez
Morto em um acidente aéreo em 2003, o deputado paranaense teria sido a primeira pessoa a revelar a Roberto Jefferson (PTB-RJ) a existência do mensalão. "Um pouco antes de o Martinez morrer, ele me procurou e disse: 'Roberto, o Delúbio (Soares, tesoureiro do PT) está fazendo um esquema de mesada, um 'mensalão', para os parlamentares da base. O PP, o PL, e quer que o PTB também receba. R$ 30 mil para cada deputado. O que você me diz disso?'. Eu digo: 'Sou contra. Isso é coisa de Câmara de Vereadores de quinta categoria. Vai nos escravizar e vai nos desmoralizar'", declarou Jefferson ao jornal Folha de S. Paulo. Martinez antecedeu o ex-deputado fluminense na presidência do partido. Ele aparece na lista de sacadores das contas do empresário Marcos Valério Fernandes como beneficiário de R$ 1 milhão. A CPI tem indícios de que outros R$ 200 mil teriam sido repassados a uma ex-namorada do ex-presidente do PTB.
Pedro Ribeiro Barbosa
Contador que prestava serviços para o diretório nacional do Partido Progressista (PP), Barbosa foi apontado pelo assessor parlamentar João Cláudio Genu como um dos operadores do repasse de dinheiro do empresário Marcos Valério à cúpula do PP. "Ele (Barbosa) telefonava, dizia da necessidade de sacar o dinheiro e mandava que eu ligasse para a Simone (Vasconcelos, braço direito de Valério)", contou o ex-chefe de gabinete do líder do PP na Câmara, José Janene (PR), à Polícia Federal. A história levantou suspeita no momento
Ralf Barquete Santos
Ex-diretor da Caixa Econômica Federal e ex-auxiliar do ministro da Fazenda, Antonio Palocci,
Severino Cavalcanti Ferreira Junior
Vítima de um acidente de carro às vésperas de sua eleição para deputado estadual, o filho do atual presidente da Câmara é o mais novo personagem morto da crise política. Arrastado para o centro de um escândalo protagonizado pelo próprio pai, Junior passa a ser "suspeito" de ter praticado caixa dois de campanha eleitoral. À Justiça Eleitoral, a coordenação da campanha do filho de Severino declarou ter gastado apenas R$ 1 mil na disputa por uma cadeira na Assembléia Legislativa de Pernambuco. Junior foi substituído - um dia após o anúncio de sua morte - pela irmã Ana Cavalcanti (PP), que acabou se elegendo. Após se reunir com Severino, Gabriela Kênia Martins, secretária do deputado, confirmou à Polícia Federal que o cheque endossado a ela pelo empresário Sebastião Augusto Buani, no valor de R$ 7,5 mil, era destinado a cobrir gastos de campanha de Junior. Buani acusa Severino de ter cobrado propina, enquanto era o primeiro-secretário da Câmara, para prorrogar o contrato de concessão do restaurante explorado pelo empresário no anexo 4 da Casa. Por quase duas semanas, Severino negou a existência do cheque. Gabriela pode ser indiciada pela Polícia Federal porque apresentou outra versão em depoimento anterior: a de que não havia recebido o cheque. As contradições de Severino irritaram os colegas e o presidente da Câmara pode renunciar até segunda-feira para escapar da perda dos direitos políticos por oito anos.
Valdeci Paiva de Jesus
Ex-deputado estadual do PL no Rio de Janeiro, Valdeci foi apontado pela radialista Cidinha Campos como vítima de um esquema de extorsão supostamente liderado pelo ex-deputado federal Carlos Rodrigues (PL-RJ). Pastor da Igreja Universal, Valdeci foi morto na noite de 24 e janeiro de 2003 ao ser alvejado com 20 tiros a menos de
Temas
REAÇÃO AO TARIFAÇO
Leia a íntegra do artigo de Lula no New York Times em resposta a Trump
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Filha de Edson Fachin é alvo de hostilidade na UFPR, onde é diretora