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Lula foge da "síndrome de Itamar Franco"

Congresso em Foco

16/1/2007 | Atualizado 17/1/2007 às 0:00

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Tales Faria*

Três versões para a posição do presidente Lula em relação às eleições do presidente da Câmara:

a) do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) – “O petista Arlindo Chinaglia (SP) era o líder do Governo na Câmara. Nunca vi líder de governo rebelado contra o governo. Se Lula não o quisesse candidato, bastava demiti-lo da liderança”;

b) do líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ) – “É realmente muito estranha a desenvoltura com que o coordenador político do Palácio, ministro Tarso Genro, atuou a favor de Chinaglia”;

c) do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – “Nós tivemos certeza de que o presidente Lula estava apoiando Chinaglia quando o então presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, mandou a carta propondo que o PMDB apoiasse o candidato petista. O Marco Aurélio é assessor do presidente da República. Não mandaria a carta sem autorização expressa do Lula”.

As três versões têm um ponto em comum: Lula sabia e apoiou a decisão de Chinaglia de enfrentar a candidatura à reeleição do atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Se em algum momento da história Lula chegou a querer Aldo como seu candidato, a verdade é que depois ele mudou de posição. Seu candidato passou a ser Chinaglia. Mas por quê?

Porque o PT fez ver a Lula que não existe futuro para um ex-presidente da República longe de seu partido de origem. Se o PT entregasse aos aliados agora a presidência da Câmara, o partido seria enfraquecido na coligação governista e poderia acabar sem candidato a presidente da República em 2010. E um candidato de outro partido da aliança, qualquer que seja ele – como Ciro Gomes (PSB), Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Campos (PSB) –, nenhum garante a Lula o conforto da respeitabilidade pós-governo.

Veja o caso do ex-presidente Itamar Franco. Elegeu um sucessor que não era de seu partido, o tucano Fernando Henrique Cardoso. De início, recebeu o favor de algumas sinecuras, mas depois acabou sendo humilhado pelo presidente quando ousou tentar se colocar como candidato do PMDB. Arrasado, Itamar passou a apoiar a candidatura Lula, que também lhe prometeu um tratamento digno de ex-presidente após as eleições. Mais vez, ajudou a eleger um presidente. E olha com que desprezo o próprio Lula e o PT tratam Itamar atualmente!

Outro caso: o ex-presidente José Sarney. Foi pisoteado, humilhado, mal tratado de todas as formas por Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso. Só teve algum refresco sob a égide de Itamar e Lula. Mas sem regalias, tendo que se submeter à suprema autoridade dos dois.

Somente o tucano Fernando Henrique Cardoso continua a ser tratado como um príncipe, como eminência parda entre os seus. Mas graças a seu partido. Para o PSDB, será eternamente necessário cultivar o mito a FHC. É importante para os partidos cultivarem os seus próprios mitos.

No PT e para os petistas, Lula será sempre uma eminência parda. Terá sempre o tratamento de um príncipe, mesmo quando deixar o governo. Desde que não abandone o partido à sanha dos aliados.

Não é brincadeira, não: presidentes da República costumam preocupar-se com o período pós-gestão. Ainda mais Luiz Inácio Lula da Silva, que deixará o governo relativamente novo. Em condições de sonhar até em voltar ao cargo.

Daí ele concluiu que é muito mais producente, para o seu futuro, ajudar o seu partido, o PT, a se fortalecer, para tentar construir um candidato da legenda a presidente em 2010. Tanto faz se este candidato vai perder ou vencer. O importante é Lula estar com o seu partido.

Uns puxõezinhos de orelha aqui, outros ali. Uma palmada para abrir espaço a outros partidos na coligação governista. Tudo é válido e necessário, mas nada que o afaste de sua origem, de seu partido, o PT. Lula não quer ficar vagando por aí como um Itamar Franco qualquer.

Por isso, pode tirar o cavalo da chuva quem tiver a ilusão de que o presidente Lula fará uma reforma ministerial contra o seu próprio partido. O PT continuará forte na área econômica, forte no Palácio do Planalto e até forte na área social. Sobrarão alguns postos importante$ para o PMDB e algumas sinecuras para os demais aliados, e pronto. Nada além.

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