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AMÉRICA DO SUL

Brasil e Paraguai vivem tensão diplomática 155 anos após guerra sangrenta

Governo paraguaio quer esclarecimento sobre suspeita de espionagem por parte do Brasil. Guerra no século 19 dizimou metade da população do país.

Congresso em Foco

2/4/2025 | Atualizado às 9:50

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Mais de 150 anos após a Guerra do Paraguai o conflito mais sangrento da história da América do Sul , Brasil e Paraguai voltam a enfrentar um episódio de tensão. Nesta terça-feira (1º), o governo paraguaio convocou seu embaixador em Brasília e chamou o embaixador brasileiro em Assunção para prestar esclarecimentos sobre uma possível operação de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra autoridades paraguaias.

O gesto foi anunciado pelo chanceler paraguaio, Rubén Ramírez Lezcano, que também suspendeu as negociações sobre o Anexo C de Itaipu, essencial para a definição das tarifas de energia da usina binacional. Na diplomacia, a convocação de embaixadores expressa descontentamento público e representa uma forma de protesto formal entre países (entenda a crise mais abaixo).

Feridas históricas

Batalha de Campo Grande: pintura de Pedro Américo, de 1871, retrata a Guerra do Paraguai

Batalha de Campo Grande: pintura de Pedro Américo, de 1871, retrata a Guerra do Paraguai Reprodução

A tensão diplomática se dá entre países que já se enfrentaram no campo de batalha. Entre 1864 e 1870, o Paraguai enfrentou a Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai na Guerra do Paraguai, e saiu devastado do confronto. Estima-se que até 280 mil paraguaios tenham morrido, o que representava mais da metade da população do país na época. Cerca de 80% dos homens adultos paraguaios foram mortos, em grande parte por doenças, fome e más condições sanitárias.

Além do desastre demográfico, o Paraguai perdeu cerca de 40% de seu território para Brasil e Argentina, sofreu destruição de infraestrutura, colapso econômico, endividamento externo e um longo período de instabilidade política e ocupação militar. A guerra comprometeu profundamente o desenvolvimento do país.

O Brasil também pagou um preço alto: entre 50 mil e 60 mil mortos, enquanto a Argentina perdeu cerca de 18 mil homens, e o Uruguai, cerca de 3 mil. A maioria das mortes não ocorreu em batalhas, mas em decorrência de epidemias como cólera, disenteria e tifo.

A Guerra do Paraguai é, até hoje, objeto de debates entre historiadores, com diferentes interpretações sobre suas causas e consequências, mas há consenso quanto à catástrofe que representou especialmente para os paraguaios.

Espionagem

A nova crise foi desencadeada por uma reportagem do portal UOL, que revelou que a Abin monitorou autoridades paraguaias para obter informações estratégicas nas negociações sobre Itaipu. O planejamento da operação ocorreu ainda no governo Jair Bolsonaro, com execução já sob a gestão Lula. Em nota, o governo atual reconheceu a existência da operação, mas afirmou que ela foi desativada em março de 2023 e que não teve envolvimento com sua execução.

O impasse atual surgiu em meio à retomada das negociações sobre Itaipu. Em maio, Brasil e Paraguai haviam fechado um acordo para manter as tarifas da usina pelos próximos três anos. O reajuste foi abaixo do esperado pelo Paraguai, mas preservou o custo atual para o consumidor brasileiro.

Na segunda-feira (30), o chanceler paraguaio havia dito que não havia indícios de invasão digital nos sistemas do governo. No entanto, após a confirmação oficial da existência da operação por parte do Brasil, a postura mudou e vieram a convocação de embaixadores e a suspensão das negociações.

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