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INQUÉRITO
Congresso em Foco
2/6/2025 17:44
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), protocolou nesta segunda-feira (2) uma petição à Polícia Federal pedindo que o deputado Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, seja incluído no inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por tentativa de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF).
A manifestação foi entregue logo após o próprio Lindbergh prestar depoimento à Polícia Federal, conforme previsto pela decisão do ministro Alexandre de Moraes ao autorizar a invesrigação. Durante a oitiva, o deputado apresentou vídeos, publicações e documentos que, segundo ele, reforçam os pedidos feitos na petição.
Segundo Lindbergh, Filipe Barros teria participado, ao lado de Eduardo Bolsonaro, de reuniões nos Estados Unidos com parlamentares estrangeiros. Nessas ocasiões, os envolvidos teriam discutido caminhos para aprovar sanções contra autoridades brasileiras. "A campanha de articulação de sanções para interferir no Judiciário brasileiro tem a parceria do deputado federal Filipe Barros (PL/PR) e do comunicador Paulo Figueiredo", escreveu o petista.
A peça relata ainda que Barros teria se reunido com o deputado americano Cory Mills, com quem teria acertado a criação de um grupo voltado à troca de informações sobre o sistema eleitoral brasileiro. Segundo o texto, o próprio Filipe Barros declarou que "combinou com Cory Mills de criarem um grupo de trabalho que trocará informações importantes sobre a democracia brasileira e possíveis interferências no nosso processo eleitoral".
Para Lindbergh, a atuação de Barros não se limita a afinidades políticas. O parlamentar afirma que o deputado do PL se insere funcionalmente "em um esquema articulado com agentes estrangeiros para constranger, restringir e impedir o exercício da jurisdição constitucional e comprometer a soberania nacional".
Quebra de sigilos
A petição requer a inclusão formal de Barros no rol de investigados, ao lado de Eduardo Bolsonaro, Paulo Figueiredo e Jair Bolsonaro. Lindbergh sustenta que, "diante da reiteração das condutas ameaçadoras" e da "possibilidade concreta de coautoria e conluio financeiro com o objetivo de obstruir o exercício da jurisdição penal constitucional", a Polícia Federal deve ampliar o escopo da investigação.
Também entram entre os pedidos quebra de sigilos bancário e fiscal dos envolvidos, o bloqueio de ativos financeiros e a suspensão de transferências de valores ao exterior. O deputado argumenta que "a manutenção dessas movimentações financeiras solapa a efetividade da jurisdição penal e alimenta a continuidade delitiva".
Inquérito contra Eduardo Bolsonaro
A petição acompanha o inquérito aberto após Lindbergh representar à Procuradoria-Geral da República contra Eduardo Bolsonaro. A investigação foi autorizada por Moraes com base na acusação de que o deputado teria buscado apoio de autoridades dos Estados Unidos para aplicar sanções contra ministros do STF.
Segundo o petista, Eduardo age com o objetivo de influenciar a ação penal em cusro no STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele afirma que as ações têm sido financiadas por arrecadações em nome da defesa jurídica do pai e que o parlamentar estaria atuando fora do país para "atacar instituições brasileiras e constranger o sistema de justiça".
Veja a íntegra da petição:
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