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Judiciário
Congresso em Foco
10/6/2025 | Atualizado às 15:28
Durante depoimento prestado no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da ação penal que apura tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, o ex-presidente Jair Bolsonaro se desculpou com o ministro Alexandre de Moraes por declarações feitas em uma reunião com aliados, em 2022. A sessão, conduzida por Moraes, relator do caso, integra a fase final da instrução processual.
Na oitiva, Moraes relembrou trecho da gravação da reunião, na qual Bolsonaro se referiu aos ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes em tom crítico, mencionando valores financeiros hipotéticos. Na gravação, Bolsonaro disse: "Olha o Fachin, o cara não tem limite, e não vou falar que o Fachin tá levando 30 milhões de dólares, não vou falar isso aí. O que o Barroso tá levando, 30 milhões de dólares, não vou falar isso aí. Que o Alexandre de Moraes tá levando 50 milhões de dólares, não vou falar isso aí. Não vou levar pra esse lado, não tenho prova, pô, mas algo esquisito está acontecendo."
Questionado sobre o conteúdo das declarações, o ex-presidente afirmou que se tratava de um "desabafo" proferido em ambiente que, segundo ele, não deveria ter sido gravado. Bolsonaro alegou não possuir indícios ou provas para sustentar as falas e disse que não teve a intenção de imputar qualquer conduta ilícita aos magistrados. "Não tem indício nenhum, seu ministro, tanto é que era uma reunião pra não ser gravada, um desabafo, uma retórica que eu usei", afirmou. E completou: "Me desculpem, não tinha essa intenção de acusar de qualquer desvio de conduta dos senhores três".
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