Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Ativista brasileiro rejeita termo de deportação e segue em Israel

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Ativista brasileiro rejeita termo de deportação e segue em Israel

Thiago Ávila coordenava grupo que tentou furar, por barco, o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza, com ajuda humanitária.

Congresso em Foco

10/6/2025 16:03

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Embarcação com ativistas que tentaram furar o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza.

Embarcação com ativistas que tentaram furar o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza.Reprodução/Instagram

O publicitário e ativista brasileiro Thiago Ávila segue detido em Israel após se recusar a assinar um termo de deportação que o obrigaria a reconhecer a acusação de ter invadido o espaço marítimo israelense. Thiago coordenava a Flotilha da Liberdade, embarcação humanitária que tentou furar o bloqueio à Faixa de Gaza para levar alimentos, água potável e medicamentos à população palestina.

Além do brasiliense, outros sete ativistas rejeitaram o documento, entre eles a eurodeputada francesa de origem palestina Rima Hassan. Quatro dos 12 integrantes da missão, incluindo a sueca Greta Thunberg, aceitaram as condições impostas por Tel Aviv e foram deportados. Já os demais permanecem sob custódia das autoridades israelenses, em um centro de detenção na cidade de Ramla.

"Eles disseram que não vão assinar porque entendem que não cometeram o crime que Israel está tentando imputar a eles (...). Estavam apenas levando ajuda humanitária para a Faixa de Gaza", afirmou Ivo de Araújo Oliveira Filho, pai de Thiago, ao Congresso em Foco. "Estão fechados entre eles: nenhum deles assinará a deportação se a decisão não valer para todos."

Como mostrou este site pela manhã, Ivo estava convicto de que o filho voltaria ainda hoje para o Brasil. O Itamaraty acompanha o brasileiro em Israel.

Interceptação em águas internacionais

Segundo relatos do grupo e da emissora Al Jazeera, o barco humanitário Madleen foi interceptado por navios da Marinha israelense na noite de domingo (8), a cerca de 185 km da costa de Gaza. A embarcação havia partido da Itália em 1º de junho com 12 ativistas de diferentes nacionalidades, em missão coordenada pela Coalizão Flotilha da Liberdade.

Após a abordagem, o navio foi rebocado até o porto de Ashdod, onde chegou na noite de segunda-feira (9). Os ativistas foram mantidos em celas isoladas e submetidos a interrogatórios. Israel ofereceu liberação imediata na madrugada seguinte, sob a condição de que todos assinassem o termo de deportação, o que representaria, na prática, a confissão de um crime que o grupo nega ter cometido.

"Aqueles que se recusarem a assinar os documentos de expulsão e a abandonar Israel serão apresentados a uma autoridade judicial, de acordo com a legislação israelense, para que autorize sua expulsão", informou o Ministério das Relações Exteriores de Israel.

"Não era um iate de selfies"

Diante das acusações israelenses de que o barco seria uma ação midiática, Ivo Oliveira Filho rebateu. "Não era um iate de selfies, ao contrário do que disse o governo israelense", afirmou. Ele destacou a seriedade da missão humanitária.

O objetivo do grupo era entregar mantimentos básicos a uma população civil em situação desesperadora desde outubro de 2023, quando Israel iniciou sua ofensiva militar contra Gaza, descrita por entidades humanitárias e organizações internacionais como um possível genocídio.

A detenção de Thiago Ávila causou forte mobilização no Brasil. Ainda na segunda-feira, Lara Souza, esposa do ativista, foi recebida pela secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha. O governo brasileiro reforçou ainda seu compromisso com o Estado da Palestina e criticou duramente a operação israelense, enfatizando que a abordagem ocorreu em águas internacionais, o que constitui, segundo especialistas e ativistas, uma violação do direito internacional.

Antes de receber confirmação sobre o paradeiro do filho, Ivo fez um apelo emocionado ao Congresso em Foco, relatando que havia perdido contato com Thiago às 17h29 do domingo (8), momentos antes da interceptação. A última mensagem foi um áudio enviado via Instagram: "Vai ficar tudo bem, amo vocês", disse o ativista à família. A gravação comoveu autoridades e impulsionou as ações diplomáticas do Itamaraty. Ouça:

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Thiago Ávila Oriente Médio faixa de gaza ajuda humanitária Palestina Israel Itamaraty

Temas

Direitos Humanos

LEIA MAIS

DETIDO EM ISRAEL

Brasileiro vai para solitária após ordem de deportação, diz família

FLOTILHA DA LIBERDADE

Israel decide deportar ativista brasileiro, informa advogada à família

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

INTERROGATÓRIO

Bolsonaro chama Moraes para ser vice em 2026, que nega: "Eu declino"

2

8 DE JANEIRO

Bolsonaro: manifestantes acampados no QG do Exército eram "malucos"

3

INTERROGATÓRIO NO STF

Citado por Fux, Bebianno alertou em 2019 que Bolsonaro tentaria golpe

4

ORÇAMENTO

Nova decisão sobre emendas inflama Congresso e ameaça decreto do IOF

5

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Haddad acusa deputados de "molecagem" e sessão na Câmara vira tumulto

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES