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ANTIGO GOVERNO
Congresso em Foco
13/6/2025 13:39
A prisão do ex-ministro Gilson Machado nesta sexta-feira (13) amplia a lista de ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro que enfrentam problemas com a Justiça. Ao todo, quatro ex-ministros já foram presos. As acusações vão desde tentativa de golpe de Estado até envolvimento com corrupção e favorecimento de aliados.
Os casos envolvem figuras centrais do governo passado, ligadas diretamente ao ex-presidente. As detenções ocorrem em meio ao avanço das investigações sobre os atos antidemocráticos e suspeitas de irregularidades administrativas durante o antigo governo
Gilson Machado
Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, foi preso pela Polícia Federal em Recife. Ele é acusado de tentar ajudar o ex-ajudante de ordens Mauro Cid a sair do país clandestinamente. Para isso, teria solicitado a emissão de um passaporte português no consulado de Portugal na capital pernambucana.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a tentativa de interferência configura obstrução de Justiça. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a prisão, além da quebra dos sigilos do ex-ministro e buscas em endereços ligados a ele.
Walter Braga Netto
O general Walter Braga Netto está preso preventivamente desde 14 de dezembro de 2024. Ele foi ministro da Casa Civil e da Defesa, e também foi o vice de Bolsonaro na chapa presidencial de 2022. É o primeiro general de quatro estrelas a ser detido na história do Exército brasileiro.
A Polícia Federal e a PGR o apontam como um dos líderes na trama golpista que agora é julgada em ação penal no STF. Ele é acusado de interferir nas investigações e de ter participado de reuniões com oficiais para discutir atentados contra autoridades. Ele também é apontado como um dos organizadores do plano Punhal Verde e Amarelo, tentativa de militares de assassinar, ainda em 2022, o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Anderson Torres
Preso em janeiro de 2023, Anderson Torres foi ministro da Justiça e, depois, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele estava fora do país durante os ataques às sedes dos três poderes em 8 de janeiro. A ausência é apontada pela PGR como omissão proposital.
Ao longo das investigações, a PF encontrou em sua casa a minuta de um decreto que previa a prisão de autoridades, ruptura institucional e revogação do resultado eleitoral, documento que ficaria conhecido como "Minuta do golpe". A PGR também o acusa de tentar dificultar a votação no Nordeste e de disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral em reuniões com ministros e aliados.
Milton Ribeiro
O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso em junho de 2022 durante a operação Acesso Pago. Ele é acusado de favorecer pastores que atuavam como lobistas no MEC, negociando a liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mediante propina, que deveria ser paga em ouro. Ele foi solto mediante habeas corpus no dia seguinte.
A investigação teve como base áudios vazados e depoimentos de prefeitos. Em uma gravação, Ribeiro afirmou que repassava recursos a aliados dos pastores por indicação do próprio presidente. O episódio comprometeu sua reputação, levando-o a pedir demissão, mesmo com Bolsonaro defendendo sua permanência no governo.
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