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OPERAÇÃO POLICIAL
Congresso em Foco
8/7/2025 8:04
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (8) a Operação Underhand para apurar o desvio de recursos públicos e fraudes em contratos em municípios do Ceará. Um dos alvos é o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE), que teve seu gabinete na Câmara dos Deputados vasculhado por agentes.
As buscas foram autorizadas pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, a pedido da PF e com aval da Procuradoria-Geral da República.
A investigação aponta que o parlamentar estaria envolvido no repasse irregular de emendas parlamentares para prefeituras do Ceará, com parte dos recursos sendo desviada para financiar campanhas eleitorais. Além do deputado, outras cinco pessoas são alvo dos mandados. Gilmar Mendes também autorizou o bloqueio de R$ 54,6 milhões em ativos de investigados e a apreensão de dados de celulares.
Esquema envolvia emendas, empresas e prefeituras
Segundo a PF, o grupo criminoso articulava o direcionamento de verbas públicas a prefeituras mediante pagamento de propina, além de manipular licitações em favor de empresas ligadas ao esquema. Os crimes investigados incluem lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsidade ideológica e captação ilícita de sufrágio.
O nome de Júnior Mano surgiu nas investigações após uma prefeita denunciar, ainda em 2022, que aliados do deputado negociavam o repasse de emendas com retorno financeiro irregular. Ao menos 51 municípios cearenses teriam recebido os recursos, usados para consolidar a base política do grupo.
STF abrirá investigação sobre autoridades com foro
Gilmar Mendes determinou ainda a abertura de uma apuração específica sobre a eventual participação de autoridades com foro privilegiado na destinação ilícita de emendas. O ministro também mandou compartilhar todas as provas com a Controladoria-Geral da União para que servidores envolvidos possam ser responsabilizados administrativamente.
A Operação Underhand é a terceira ação da PF no Ceará relacionada ao mesmo esquema, sucedendo as operações Mercado Cláusula e Vis Occulta. Até a publicação desta reportagem, o deputado Júnior Mano não se pronunciou publicamente sobre o caso.
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