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JUDICIÁRIO
Congresso em Foco
18/7/2025 | Atualizado às 13:41
Os ministro Flávio Dino e Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram nesta sexta-feira (18) a favor da manutenção das restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. Com isso, fica formada maioria na 1ª Turma, onde ocorre o julgamento virtual. Ainda restam os votos de Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Em voto vogal, Dino considerou que há indícios que justificam a continuidade do monitoramento. "Evidencia-se a possibilidade concreta de fuga", afirmou. Segundo ele, há também risco de "continuidade delitiva", com ações que podem "coagir as funções constitucionais deste STF".
O magistrado referência à atuação do ex-presidente e de seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apontada por investigadores como tentativa de influenciar o andamento da ação penal do golpe. Dino afirmou que a atuação conjunta com o governo norte-americano exigiu resposta da Corte. "Caminho diverso assentado em 'confortável omissão configuraria traição à pátria", escreveu.
O ministro classificou como grave a pressão externa relatada no processo. Ele chamou de "sequestro da economia de uma Nação" a tarifação imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, e afirmou que essa iniciativa buscaria, segundo ele, condicionar a atuação do STF em processo em curso. "É intolerável qualquer ato que configure ingerência estrangeira nos assuntos internos do Estado brasileiro", disse.
As restrições a Bolsonaro foram determinadas pelo relator após manifestação da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República. As autoridades apontaram suspeitas de coação e articulação internacional para influenciar decisões judiciais. As medidas incluem recolhimento domiciliar parcial, proibição de uso de redes sociais e de contatos com outros investigados e autoridades estrangeiras.
Ao referendar as medidas, Dino reafirmou que "devem ser reprimidos atos tendentes a capturar a capacidade do Estado brasileiro de ordenar o funcionamento de suas instituições".
Cristiano Zanin, por outro lado, optou por apenas acompanhar o relator.
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