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Congresso em Foco
19/7/2025 | Atualizado às 11:18
O Governo Federal manifestou neste sábado (19) apoio ao Supremo Tribunal Federal (STF) após os Estados Unidos revogarem os vistos de entrada do ministro Alexandre de Moraes e demais magistrados. A revogação, anunciada na noite de sexta-feira (18), foi determinada pelo presidente Donald Trump em resposta às medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em nota, o presidente Lula considerou inaceitável a postura da Casa Branca. "Minha solidariedade e apoio aos ministros do STF atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos. A interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações", declarou o presidente.
Lula concluiu sua manifestação dizendo estar "certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito".
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, classificou a revogação como um ataque ao Judiciário e à soberania nacional. "Essa retaliação agressiva e mesquinha a uma decisão do Tribunal expõe o nível degradante da conspiração de Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro contra o nosso país", escreveu.
Para Gleisi, "ao contrário do que planejaram, a Suprema Corte do Brasil se engrandece nesse momento, cumprindo o devido processo legal, defendendo a Constituição e o Direito, sem jamais terem se dobrado a sanções e ameaças de quem quer que seja".
A decisão dos Estados Unidos foi anunciada poucas horas após o Supremo impor novas restrições a Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, com base em investigações que apontam articulação internacional para pressionar o Judiciário na ação penal do golpe de Estado. Segundo a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República, Moraes foi alvo de tentativas de retaliação conduzidas a partir do exterior, com o envolvimento do ex-presidente e de seu filho, que está nos EUA desde março.
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