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ECONOMIA
Congresso em Foco
13/8/2025 14:44
As tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros já custam ao menos R$ 140 para cada um dos 212 milhões de habitantes do país. O valor equivale ao montante inicial da linha emergencial de crédito criada pelo governo para amparar empresas afetadas pela sobretaxa. A medida provisória, batizada de Brasil Soberano, foi assinada nesta quarta-feira (13) pelo presidente Lula.
Esse custo tende a aumentar: em entrevista à Band News na terça-feira (12), o presidente Lula afirmou que o valor poderá ser reajustado ao longo das negociações com os Estados Unidos, caso se avalie que os R$ 30 bilhões não são suficientes. Por ser uma linha de crédito, o valor não é necessariamente perdido: as empresas que aderirem ao programa terão eventualmente que ressarcir os cofres públicos pelo valor emprestado.
O pacote de ações anunciado pelo governo prevê, além do crédito subsidiado, a compra direta de produtos perecíveis que perderam espaço nos Estados Unidos, como forma de evitar perdas e preservar a renda dos produtores. O plano também amplia o uso do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) e cria instrumentos para impedir demissões em empresas exportadoras.
Além da linha de crédito, há outros tipos de gastos que as tarifas impõem ao contribuinte brasileiro. Parte da estratégia do governo para auxiliar os produtores internos envolve a busca por novos mercados consumidores que possam substituir os Estados Unidos, operação que envolve custos com viagens de autoridades, hospedagens e aparato de relações públicas para negociar com governos e empresários de outros países.
O pacote tarifário anunciado pelo presidente americano, Donald Trump, elevou em até 50% os encargos sobre produtos brasileiros. A sobretaxa afeta diretamente 35,9% das exportações do Brasil para os EUA, atingindo setores como carnes, café, frutas e pescados. Quase 700 itens foram poupados, mas mais de um terço das vendas ao mercado americano será comprometido.
Enquanto isso, empresas brasileiras precisarão adaptar seus processos produtivos à nova realidade comercial, na qual não há garantias de que os Estados Unidos possam afrouxar as barreiras no curto prazo ou voltar a ser um parceiro comercial confiável a médio e longo prazo.
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