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Congresso em Foco
13/8/2025 | Atualizado às 15:55
Em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (13), ao assinar a medida provisória "Brasil Soberano", com um pacote de iniciativas para amparar setores atingidos pelas tarifas de importação americanas, o presidente Lula afirmou que o Brasil seguirá insistindo em negociar com os Estados Unidos, mesmo se houver resistência da Casa Branca. "A gente vai continuar teimando em negociação, porque nós gostamos de negociar. E nós não queremos conflito".
Ao assinar o pacote, Lula retomou a crítica ao argumento comercial levantado por Donald Trump para justificar as tarifas. Na carta de 9 de julho, o presidente americano havia alegado desequilíbrio na balança comercial Brasil-EUA. "É inadmissível alguém dizer que tem déficit com o Brasil, quando nos últimos 15 anos o superávit deles foi de 410 bilhões de dólares", apontou.
Veja a fala do presidente:
Lula também reforçou que não aceitará ingerência sobre as instituições locais no processo de negociação. "A única coisa que nós precisamos exigir é que a soberania nossa é intocável. Ninguém dê palpite nas coisas que nós devemos fazer", afirmou. O presidente também classificou as justificativas dos EUA como "políticas" e "ideológicas", ligadas à tentativa de descredibilizar organismos multilaterais.
O chefe do Executivo disse ainda que o Brasil buscará novos mercados e mencionou negociações com Índia, China e países do Sudeste Asiático. "Se os Estados Unidos não querem comprar, nós vamos procurar outro país. O mundo está ávido para fazer negociação com o Brasil", declarou. Segundo ele, o governo já abriu 400 novos mercados desde o início de seu governo.
Lula reiterou que o governo brasileiro não pretende retaliar no primeiro momento. "Nós não estamos anunciando reciprocidade. Veja como nós somos negociadores. Nós não queremos, no primeiro momento, fazer nada que justifique piorar a nossa relação", disse. Ainda assim, concluiu com um aviso: "Meu time não tem medo de briga. Se for preciso brigar, a gente vai brigar."
Amparo econômico
O plano Brasil Soberano prevê a criação d uma linha emergencial de crédito de R$ 30 bilhões para empresas afetadas, com prioridade a pequenos exportadores. O governo também reformulará o Fundo de Garantia à Exportação, que passará a financiar capital de giro, inovação e abertura de novos mercados.
Além do crédito, estão previstas compras públicas de produtos perecíveis que seriam exportados, como frutas e pescados, e mecanismos para evitar demissões em empresas prejudicadas.
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