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JUDICIÁRO
Congresso em Foco
22/8/2025 21:09
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou nesta sexta-feira (22) a resposta ao relatório da Polícia Federal, que o indiciou por coação no curso da ação penal do golpe. A manifestação foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, após o magistrado conceder 48 horas para esclarecimentos sobre o suposto descumprimento de ordens judiciais.
Bolsonaro foi indiciado junto com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) após investigação sobre articulações com o governo Donald Trump para pressionar autoridades brasileiras envolvidas em seu julgamento no STF. O relatório aponta ainda o envio de dinheiro para sustentar Eduardo nos Estados Unidos e uma minuta de pedido de asilo político à Argentina.
Os advogados afirmam que o relatório da Polícia Federal representa "a mais indisfarçada manifestação do lawfare". Eles dizem que se trata de uma peça "política", que expõe a vida privada do ex-presidente e ignora garantias legais. "Conversas privadas, movimentações financeiras, pagamentos feitos a profissionais, tudo foi cuidadosamente transmitido à imprensa, como se dados bancários não fossem protegidos por Lei".
A defesa contesta a acusação de que Bolsonaro teria se comunicado com o general Walter Braga Netto, com quem é proibido de manter contato. Segundo os advogados, o ex-presidente apenas recebeu uma mensagem e não chegou a responder. "É incrível ter que dizer que a inexistência de resposta é o exato contrário de manter contato", ironizam.
Eles também rebatem a suspeita de fuga. O suposto pedido de asilo, segundo a defesa, era um rascunho antigo, não assinado, salvo por terceiros. "Com ou sem o rascunho, o ex-presidente não fugiu. Pelo contrário, obedeceu a todas as decisões emanadas pela C. Suprema Corte".
A defesa também rebate a acusação de lavagem de dinheiro. Os advogados classificam como "absurda" a criminalização de transferências bancárias de Bolsonaro à esposa, Michelle Bolsonaro. "O pior é que uma transferência de dinheiro para sua esposa, de valores com origem lícita, foi anunciada, com base 'em fontes, como um indício de lavagem de dinheiro", escreveram.
Segundo eles, essa prática não configura crime, pois "o crime de lavagem (...) determina origem ilícita e não se consubstancia com depósitos, via Pix, para familiares".
Por fim, a defesa solicita a revogação da prisão domiciliar. "No mais, e para além da ausência de fatos novos ou mesmo contemporâneos, é certo que não há qualquer notícia de descumprimento de nenhuma das cautelares já impostas neste último um ano e meio. (...). Aproveita-se para requerer a reconsideração no que toca à decisão que determinou a prisão domiciliar".
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