Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Repercussão
Congresso em Foco
9/9/2025 15:35
O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta terça-feira (9) o julgamento que decide se o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados serão condenados por tentativa de golpe de Estado. A sessão, marcada para definir autoria e responsabilidades pelos atos entre 2021 e 2023, atraiu mais uma vez a atenção expressiva da imprensa estrangeira, que tem combinado análise dos protestos em 7 de setembro, com avaliações sobre possíveis impactos externos ao veredito.
New York Times
A cobertura do tradicional jornal norte-americano focou sobretudo nos atos de 7 de setembro e na polarização visível nas ruas: imagens aéreas mostraram manifestações com predominância bolsonarista em vários pontos, enquanto mobilizações de esquerda pediam a responsabilização do ex-presidente. A publicação também salientou a incerteza quanto ao efeito prático desses protestos sobre o resultado do julgamento, lembrando que a Corte deve proferir decisão já na sexta-feira (12), o desfecho que pode levar os réus a enfrentar penas longas.
Financial Times
O jornal especializado em economia tratou o tema sob ângulo geopolítico: além de examinar as manifestações e o papel central do ministro Alexandre de Moraes, o veículo britânico destacou pressões vindas dos Estados Unidos. Segundo a reportagem, aliados internacionais próximos a Donald Trump teriam tratado o processo como uma "caça às bruxas" e discutido medidas economicamente prejudiciais, incluindo tarifas já elevadas a diversos produtos brasileiros e a possibilidade de ampliar sanções a ministros do Supremo, caso haja condenação. Para o "FT", uma decisão condenatória poderia agravar a crise diplomática entre Brasília e Washington.
The Guardian
Adotou uma abordagem retrospectiva e perfilar do papel de Alexandre de Moraes no processo. O texto traçou a sequência desde a derrota eleitoral de 2022 até as investigações e episódios de janeiro, apontando que a defesa de Bolsonaro sustenta não haver prova direta de seu envolvimento nos ataques de 8 de janeiro. O veículo também observou críticas mistas ao magistrado: enquanto parte do meio jurídico o enxerga como essencial para a proteção das instituições, setores conservadores e alguns críticos temem possível excesso de atuação em inquéritos como o das fake news, em curso há anos.
De forma geral, as reportagens internacionais capturam dois vetores da crise: a tensão interna, entre polarização popular, acusações e defesa técnica, e o risco de repercussões externas, entre pressões diplomáticas e potenciais medidas econômicas.
Tags
Temas
LEIA MAIS