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Anistia
Congresso em Foco
15/9/2025 17:28
O líder do PSB na Câmara, deputado Pedro Campos (PE), afirmou que a movimentação do PL em defesa da anistia só ganha força quando há risco jurídico ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, a mobilização não se repete em relação aos manifestantes presos pelos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. A declaração foi feita neste domingo (14) ao jornal Folha de S. Paulo.
A declaração ocorre após a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenar Jair Bolsonaro, no último dia 11, a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Durante as duas semanas de julgamento, o debate sobre a anistia voltou a ter destaque no Congresso, com apoio de aliados do ex-presidente e articulações envolvendo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Para Pedro Campos, a retomada do tema evidencia que a preocupação do PL está centrada no destino do ex-presidente. "Quem impulsiona anistia para Bolsonaro são sempre aqueles que estão mais preocupados com ele do que com a anistia de 8 de janeiro", afirmou.
Campos lembrou que, logo após os ataques, Bolsonaro se referiu aos envolvidos como "baderneiros" e "malucos". Para o deputado, a pauta da anistia foi incorporada pelo ex-presidente apenas quando os processos passaram a alcançá-lo diretamente. "Aquelas pessoas sempre foram usadas por ele. Foram abandonadas por ele desde o dia que pegou um avião e foi para os Estados Unidos e continuam abandonadas por ele", disse.
Tarcísio e a disputa de 2026
O líder do PSB também analisou a atuação de Tarcísio de Freitas, que defende a anistia e fez críticas ao STF durante ato em 7 de setembro em São Paulo. Segundo Campos, o movimento busca aproximar o governador da base bolsonarista, embora ele já seja apontado como candidato apoiado pelo centrão e pela elite econômica.
"O fato é que Tarcísio virou o candidato do centrão e da elite econômica do país antes de virar o candidato de Bolsonaro. E agora ele está tendo que correr atrás de quem tem mais voto, que é Bolsonaro", avaliou.
Para Campos, essa tentativa de atrair o eleitorado mais radical pode gerar dificuldades ao governador, afastando segmentos do centro político e econômicos que hoje o apoiam. Ele acrescentou que a presença de figuras influentes do bolsonarismo, como o deputado Eduardo Bolsonaro, pode ampliar a resistência à consolidação de Tarcísio como herdeiro político do ex-presidente.
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