Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Comissões
Congresso em Foco
19/9/2025 7:00
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS foi instalada no fim de agosto para investigar denúncias de descontos indevidos feitos por associações em aposentadorias e pensões. Mas, além de apurar responsabilidades, a comissão reacende um debate frequente: qual é, de fato, o poder das CPIs e CPMIs? Até onde podem ir? E o que costumam produzir ao final de seus trabalhos?
O que são CPIs e CPMIs
As comissões parlamentares de inquérito têm previsão constitucional e funcionam como instrumentos de fiscalização do Legislativo.
Ambas têm os mesmos poderes de investigação de autoridades judiciais, mas não podem julgar ou punir. Seu papel é levantar provas, ouvir testemunhas e elaborar um relatório final que pode resultar em indiciamentos, propostas legislativas ou recomendações a órgãos de controle.
Como são criadas e conduzidas
Para a criação de uma CPI, é necessário o apoio de um terço dos parlamentares: 171 deputados ou 27 senadores. No caso das CPMIs, a exigência é válida para ambas as Casas.
Após a leitura do requerimento em plenário, os partidos indicam seus representantes de acordo com o tamanho das bancadas. A comissão é composta por 15 deputados e 15 senadores titulares, além de suplentes. Também há rodízio entre alguns membros para garantir equilíbrio.
Na primeira reunião, elegem-se o presidente, o vice e o relator. A presidência organiza os trabalhos; a relatoria define a linha de investigação. Por tradição, a presidência e a relatoria ficam em mãos de partidos diferentes e de Casas distintas, como forma de balanceamento político.
O prazo de funcionamento é de 120 dias, prorrogáveis por mais 60. No fim, o relatório precisa ser votado pelos integrantes. Aprovado, é enviado ao Ministério Público, à Advocacia-Geral da União ou a outros órgãos, que têm obrigação de informar quais providências serão tomadas.
Poderes e limites
As CPIs podem:
Mas não podem:
Ou seja, o poder das CPIs está na capacidade de investigação e pressão política, mas as medidas judiciais mais duras dependem do Judiciário ou do Ministério Público.
A CPMI do INSS e seu plano de trabalho
A comissão que apura irregularidades contra aposentados e pensionistas é presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), tem como vice o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) e relatoria do deputado Alfredo Gaspar (União-AL).
Gaspar definiu seis eixos para guiar a investigação:
Entre os membros titulares estão nomes como as senadoras Soraya Thronicke (Podemos-MS), Damares Alves (Republicanos-DF) e Eliziane Gama (PSD-MA), além dos deputados Coronel Chrisóstomo (PL-RO), Adriana Ventura (NOVO-SP) e Sidney Leite (PSD-AM). A diversidade partidária da composição antecipa embates e também negociações para o futuro relatório final.
Veja toda a composição da CPMI do INSS.
O destino das últimas CPIs
Historicamente, muitas comissões terminam com impacto político e midiático maior do que prático. Há casos em que relatórios foram rejeitados ou engavetados, mas também exemplos de CPIs que geraram consequências jurídicas e legislativas.
O que esperar da CPMI do INSS
O colegiado tem potencial para revelar esquemas de fraude que afetam diretamente milhões de beneficiários da Previdência. Caso consiga consenso, o relatório final poderá indicar responsáveis, propor indiciamentos e recomendar medidas de proteção aos aposentados.
LEIA MAIS
Direitos Humanos
DESVIO DE APOSENTADORIAS
PEC da Blindagem
Humberto Costa sobre PEC da Blindagem: "É um acinte ao Brasil"
PEC da Blindagem
Silvye Alves pede desculpas por voto a favor da PEC da Blindagem
IMUNIDADE PARLAMENTAR
PEC da Blindagem
Em vídeo, Pedro Campos diz que errou ao apoiar PEC da Blindagem
PEC da blindagem
Artistas brasileiros se posicionam contra a PEC da Blindagem