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Habitação
Congresso em Foco
10/10/2025 13:36
Nesta sexta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nova estrutura de crédito imobiliário do país, voltada ao público de classe média. Com a medida, o uso da poupança passa por reformulação para expandir a oferta de crédito. O anúncio ocorreu durante participação no evento Incorpora 2025, em São Paulo. A implementação definitiva é prevista para janeiro de 2027.
O modelo atual exige que 65% dos recursos da poupança captados pelos bancos sejam destinados ao crédito imobiliário, enquanto 15% são liberados para operações mais rentáveis e 20% permanecem no Banco Central como depósito compulsório. A partir da reestruturação, os depósitos compulsórios no Banco Central (BC) são eliminados, o que deixa o valor integral dos recursos depositados na caderneta de poupança disponíveis para referência ao setor habitacional.
"Todo mundo sabe que a maioria das casas nesse país é feita pelo próprio povo, é feita em mutirão. A gente se junta, constrói casa, faz portas, faz identificação, faz qualquer coisa, e o Estado pouco aparecia para fazer as casas", criticou Lula.
Segundo o governo explicou, em nota, "na medida em que mais valores são depositados em poupança, mais crédito será disponibilizado para financiamento imobiliário, o que tende a ampliar a oferta de crédito, considerando ainda as captações de mercado, por exemplo, via LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários)".
Financiamento
Além disso, o limite para financiamento de imóvel no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) passa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Também presente no evento, o ministro das Cidades, Jader Filho, estimou que as mudanças possibilitarão à Caixa Econômica Federal financiar 80 mil novos imóveis com juros de até 12% ao ano.
Os financiamentos via SFH têm perdido espaço no mercado devido aos saques da caderneta de poupança, principal fonte de recursos para o crédito habitacional no país. Em 2025, a caderneta já registra um resgate líquido de R$ 78,5 bilhões. A manutenção da Selic em patamares elevados, incentivando investimentos com melhor desempenho, é um dos fatores que contribuem para os saques.
Modelo de transição
Até de janeiro de 2027, quando o modelo será implementando definitivamente, o valor atual de 65% para operações de crédito habitacional continua em vigor. No período transitório, com datas que ainda serão definidas, os 20% enviados ao Banco Central diminuirão para 15%.
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