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Segurança pública
Congresso em Foco
29/10/2025 12:23
Durante discurso no plenário da Câmara dos Deputados, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) criticou a megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Considerada a mais letal da história do Estado, a ação resultou em mais de 60 mortos e provocou, segundo a parlamentar, uma situação "de extrema dificuldade" para os moradores das comunidades.
"A população do Rio de Janeiro vive uma situação de extrema dificuldade. A responsabilidade maior por esse cenário é do governo do Estado. Nenhum crime se instala e ocupa território se o Estado age".
A deputada classificou a ofensiva como "a maior chacina em curso no Brasil" e defendeu que os suspeitos fossem presos, e não mortos, para permitir a investigação de suas conexões.
"O Brasil não tem pena de morte. Quando a morte se torna objetivo, a investigação é prejudicada. Esses suspeitos deveriam estar presos, permitindo a apuração de suas conexões, inclusive com o Estado. É preciso saber quem são os chefes e qual o comando dessas ações".
Jandira também criticou a declaração do governador Cláudio Castro (PL), que afirmou que o governo estadual estaria "sozinho" no enfrentamento ao crime organizado. Segundo a deputada, o governador tenta transferir a responsabilidade para o governo federal.
"Essa tentativa é de má-fé. Não houve nenhum pedido do governo estadual que não tenha sido atendido pela União. O governador Cláudio Castro deve ser investigado por sua atuação e política de segurança. Ele terá de responder pelo que está acontecendo."
A fala também chegou a ser rebatida pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que disse não ter recebido qualquer solicitação formal do governo do Rio para atuação da União na operação.
A operação
A ação, ainda em curso, mobilizou mais de 2,5 mil policiais e tinha como objetivo cumprir 51 mandados de prisão contra traficantes que atuam na região.
Até o momento, mais de 100 suspeitos foram presos, incluindo integrantes de uma facção criminosa do Pará que se escondiam nas comunidades. Foram apreendidos 75 fuzis, além de pistolas e granadas.
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