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OVERCLEAN
Congresso em Foco
31/10/2025 8:07
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (31) a oitava fase da Operação Overclean, que investiga o desvio de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares. A ação, realizada em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal, busca desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro.
Nesta etapa, a PF cumpre cinco mandados de busca e apreensão e o sequestro de valores obtidos de forma ilícita em Brasília (DF), São Paulo (SP) e nas cidades de Palmas e Gurupi (TO). As ordens foram expedidas pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).
 
 
De acordo com informações apuradas pela TV Globo, não há mandados de prisão, e os alvos são empresários ligados ao esquema. Os investigados poderão responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
Fases anteriores miraram prefeitos e deputado
A sétima fase da Overclean, deflagrada em 16 de outubro, teve como foco políticos da Bahia. O prefeito de Riacho de Santana, João Vítor (PSD), foi afastado do cargo, e o prefeito de Wenceslau Guimarães, Gabriel de Parisio (MDB), foi preso por posse ilegal de arma de fogo.
Dois dias antes, em 14 de outubro, o deputado federal Dal Barreto (União Brasil) também havia sido alvo da operação. Ele foi abordado no Aeroporto Internacional de Salvador e teve o celular apreendido. A PF não detalhou as suspeitas, mas apura possível ligação do parlamentar com empresários investigados.
Esquema bilionário
Deflagrada em dezembro de 2024, a Overclean investiga uma rede de empresas e agentes públicos suspeita de movimentar cerca de R$ 1,4 bilhão em contratos superfaturados. Somente naquele ano, foram identificados R$ 825 milhões em contratos com órgãos públicos sob suspeita de fraude.
Segundo a PF, o grupo se utilizava de emendas parlamentares para direcionar verbas federais a empresas de fachada, desviando recursos e lavando o dinheiro por meio de transações simuladas.
Com oito fases deflagradas até o momento, a Overclean tornou-se uma das maiores investigações recentes sobre o uso irregular de emendas parlamentares. A PF informou que continuará o trabalho de rastreamento de valores e identificação de novos beneficiários e operadores financeiros do esquema. A Operação Overclean é conduzida pela Superintendência da PF na Bahia, com apoio da CGU e da Receita Federal.
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