Inflação prévia tem leve alta de 0,20% em novembro e retorna à meta

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,20% em novembro, elevando a inflação acumulada em 12 meses para 4,5%, ficando no limite da meta definida pelo governo. Em outubro, o acumulado estava em 4,94%. Este é o primeiro resultado dentro da meta desde janeiro, quando o índice também atingiu 4,5%. O pico do ano ocorreu em abril, com 5,49%. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (26).

A meta governamental estabelecida é de 3% ao ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, permitindo variação entre 1,5% e 4,5%. Segundo o boletim Focus, divulgado na segunda-feira (24), o mercado projeta que o IPCA fechará 2025 em 4,45%, permanecendo dentro da banda permitida.

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete registraram alta de outubro para novembro: Alimentação e bebidas (0,09%), Habitação (0,09%), Vestuário (0,19%), Transportes (0,22%), Saúde e cuidados pessoais (0,29%), Despesas pessoais (0,85%) e Educação (0,05%). Artigos de residência (-0,20%) e comunicação (-0,19%) recuaram.

O grupo de despesas pessoais exerceu o maior impacto no índice (0,09 ponto percentual), impulsionado por hospedagem (4,18%) e pacotes turísticos (3,90%). No setor de transportes, o destaque foram as passagens aéreas, que subiram 11,87% e foram o item individual que mais pressionou o IPCA-15 entre os 377 pesquisados.

Na direção oposta, combustíveis caíram 0,46%. A gasolina recuou 0,48% e foi o subitem com maior contribuição para conter a inflação (-0,02 ponto), ao lado do leite longa vida, arroz e energia elétrica. Após cinco quedas seguidas, alimentação e bebidas voltou a subir, embora a alimentação no domicílio tenha caído 0,15%, no sexto mês consecutivo de baixa. Em 12 meses, o grupo acumula alta de 3,61%, abaixo da média geral.

Entre os itens que mais recuaram estão leite longa vida (-3,29%), arroz (-3,10%) e frutas (-1,60%). Já os avanços foram puxados por batata inglesa (11,47%), óleo de soja (4,29%) e carnes (0,68%).

O IPCA-15 segue a mesma metodologia do IPCA, diferindo apenas no período de coleta e na abrangência geográfica. A prévia considera preços coletados entre 14 de outubro e 13 de novembro em 11 regiões do país; o IPCA, mais amplo, cobre 16 localidades. Ambos os índices refletem o consumo de famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos (atualmente R$ 1.518).

O IPCA cheio de novembro será divulgado em 10 de dezembro.