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Arbitragem em Debate
Congresso em Foco
12/12/2025 10:30
Em um debate realizado na Câmara dos Deputados sobre a arbitragem no futebol, o presidente do Grupo de Trabalho da Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Netto Góes, informou que o órgão pretende implementar, no próximo ano, medidas para aprimorar o desempenho dos árbitros.
Segundo ele, em janeiro, os modelos de contrato de trabalho estarão finalizados, assim como a definição dos nomes que integrarão um grupo inicial de profissionais que atuarão de acordo com as novas diretrizes. O tema discutido na Comissão do Esporte.
Netto Góes esclareceu que o grupo de trabalho foi estabelecido em outubro com o propósito de debater a formação dos árbitros, a remuneração desses profissionais e as novas tecnologias aplicadas ao esporte, entre outros aspectos relevantes. Ele também informou que, a partir de 2026, a CBF estabelecerá um modelo nacional padronizado de formação de juízes de futebol.
"A gente tem discutido modelos de contratos de profissionalização, então é importante frisar que a CBF tem interesse de profissionalizar os árbitros, e a profissionalização vai muito além de uma carteira assinada, muito além de só uma remuneração mensal."
De acordo com o representante da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf), Charles Hebert Cavalcante Ferreira, a forma de remuneração representa uma das principais preocupações da categoria. Ele explicou que, atualmente, os profissionais são remunerados por jogo e, em caso de equívocos, são suspensos e ficam sem receber qualquer valor.
Na visão do representante dos árbitros, a solução não reside necessariamente na assinatura de uma carteira de trabalho, mas sim na formalização de contratos de trabalho pelo período de atuação do profissional, por exemplo. "Não é a maneira como o ato vai receber, se é celetismo, se é a pejotização, e sim que o árbitro tenha a garantia de receber. O árbitro ter um contrato, seja ele anual, semestral, bianual, receber a cota por jogo, e o árbitro receber a bonificação, como é feito nas maiores ligas do mundo", ressaltou Ferreira.
O deputado Juninho do Pneu (União-RJ), um dos autores do requerimento para a realização do debate, apresentou o projeto de lei 3.303/2024 que visa formalizar a atuação dos árbitros. A proposta estabelece que o contrato de trabalho seja firmado com a entidade organizadora da competição ou com as entidades de administração do desporto.
O vice-presidente da Comissão do Esporte, deputado Danrlei de Deus Hinterholz (PSD-RS), enfatizou a necessidade de proporcionar aos árbitros as mesmas condições de preparo oferecidas aos atletas profissionais, como parte do processo de profissionalização.
"Ele tem que ter a parte psicológica, tem que ter a parte técnica, tem que ter a parte física, ele tem que ter todo o aparato para que ele possa exercer da melhor forma."
Góes informou que, atualmente, o Brasil conta com 734 profissionais de arbitragem, sendo 326 árbitros e 408 assistentes, dos quais apenas 134 são do sexo feminino. De acordo com o representante da CBF, este ano, o grupo atuou em 2 mil 730 partidas oficiais.
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