Bolsonaro volta a falar de encontro com Biden e diz que defendeu liberdade de expressão

Em agenda nos Estados Unidos, onde participou da Cúpula das Américas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, neste sábado (11) sobre a reunião que teve com o presidente norte-americano, Joe Biden.  Bolsonaro disse ter falado sobre a defesa da liberdade de expressão e "tentativas de cercear este bem maior". Ele também citou a liberdade religiosa.

"Eu conversei com Joe Biden que desde criança sempre admirei o povo americano. Tenho muita identidade, em especial na questão de valores, no tocante a liberdade de religião. E essa liberdade também que é o bem maior que o povo pode ter. A liberdade de expressão, liberdade na sua forma mais ampla possível. E falei também com ele que o mundo vem sofrendo com alguns que procuram cercear este bem maior e que o Brasil não foge disso. Mas entendo que temos um grande apoio no parlamento, temos um Executivo que posso falar que é unanime, eu decido", disse.

A declaração foi dada durante a inauguração do vice-Consulado do Brasil em Orlando. Na ocasião ele também fez referência aos brasileiros que vivem nos Estados Unidos como "um retrato da grande parte sadia do povo brasileiro que busca oportunidades que não conseguem em seu país."

Bolsonaro estava acompanhado do presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

No discurso que proferiu na última sexta (10) em Los Angeles, Bolsonaro fez ataques indiretos ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Atualmente, vemos, no Brasil e em parte do mundo, um ataque às liberdades individuais por opinar de forma diferente. Ao longo do meu mandato, o Brasil manteve-se presente nos fóruns hemisféricos e regionais, trabalhando pela democracia, pela liberdade e pela prosperidade econômica e social", afirmou.

O encontro de Biden com Bolsonaro ocorreu na última quinta-feira (11). Na ocasião, Bolsonaro classificou a conversa como "excepcional".

Foi a primeira vez que os dois chefes tiveram uma reunião, desde que o norte americano chegou ao poder, isto é, no espaço de um ano e meio.  Este tempo foi marcado por recusa do presidente brasileiro de cumprimentar o chefe de estado norte-americano após sua vitória, algo tradicional da diplomacia, solta de farpas e elogios ao adversário de Donald Trump.

Evangélicos em Orlando

Horas depois da inauguração do vice-consulado, Bolsonaro do encontro na Igreja Evangélica Lagoinha, também em Orlando. Aos presentes retomou o discurso conservador e falou da boa relação que mantinha com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

"Entendo que em muitos países está havendo uma luta do bem contra o mal. Nós temos algo muito importante para defender. Temos princípios, uma tradição e temos uma liberdade. Nós somos contra o aborto, contra a ideologia de gênero, contra a legalização das drogas, defendemos a família, a propriedade privada, a liberdade do armamento, somos pessoas normais".