Allan dos Santos ataca Alexandre de Moraes, após ter perfil no Telegram suspenso: "Ele é psicopata"

Um dos canais do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, no Telegram, foi retirado do ar, neste sábado (26), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar que o aplicativo suspenda perfis que divulgam informações falsas. O ministro ainda ameaça o aplicativo de suspensão caso não cumpra a determinação. Em outro canal ainda ativo no Telegram, Allan dos Santos divulgou um áudio criticando a decisão do ministro. "Uma hora ele vai ter que se aposentar, vai ter que sair de lá, vai ter que desistir dessa palhaçada. Essa decisão monocrática só vem da cabeça dele". No áudio, o bolsonarista também ataca Moraes "Ele é psicopata". Segundo ele, o ministro é "pau mandado do Partido Chinês". Ouça: No perfil do apoiador do presidente Bolsonaro, também é possível encontrar um "Manual anti censura para o Telegram em Smartphones". A recomendação é que todos os participantes compartilhem a estratégia. Em vídeo publicado em seu perfil no Twitter, o blogueiro, que está foragido nos Estados Unidos, ressaltou que seu canal está suspenso apenas no Brasil, mas quem "está em país livre", consegue "acessar normalmente". "Não é que meu canal foi derrubado. É o Brasil é que está igual a China, igual a Coreia do Norte, igual ao Irã. Vocês que estão aí no Brasil é que não podem acessar". O Telegram é um aplicativo de mensagens russo e, conforme mostrou recentemente o Congresso em Foco, tem como seu representante legal no Brasil o escritório de advocacia Araripe&Associados, no Rio de Janeiro. Apesar disso, o aplicativo tem ignorado todas as tentativas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de estabelecer algum procedimento para evitar a disseminação de informações falsas. Recentemente, o TSE fez uma reunião com representantes das várias empresas que têm ferramentas nas redes sociais. O Telegram não respondeu ao convite nem mandou representante. Todas as tentativas de conversas têm sido solenemente ignoradas. Por essa razão, o tribunal vem discutindo há algum tempo a possibilidade de retirar o aplicativo do ar.