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Ataque à liberdade de imprensa

ABI e organizações de classe repudiam ação de Bolsonaro após agressões a jornalistas

ABI repudia agressões de seguranças do presidente a jornalistas que cobriam participação de Bolsonaro em reuniões da cúpula do G20.

Congresso em Foco

1/11/2021 | Atualizado às 16:48

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Seguranças agrediram jornalistas que acompanhavam Bolsonaro próximo à Embaixada do Brasil na Itália. Foto: José Dias/PR

Seguranças agrediram jornalistas que acompanhavam Bolsonaro próximo à Embaixada do Brasil na Itália. Foto: José Dias/PR
"Mais uma vez, o senhor envergonha o Brasil, presidente", escreve o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro divulgada na manhã desta segunda-feira (1º). No domingo (31), ao final da reunião do G20, grupo dos 20 países mais ricos do mundo, Bolsonaro deslocava-se para a Embaixada do Brasil na Itália para se encontrar com apoiadores, quando foi abordado por jornalistas. O correspondente da Globo, Leonardo Monteiro, perguntou a Bolsonaro por que ele não participou dos eventos daquela manhã na reunião de cúpula. Bolsonaro ficou isolado dos demais líderes na maior parte da reunião. "É a Globo? Você não tem vergonha na cara?", respondeu Bolsonaro. Em seguida, o jornalista foi agredido por um segurança, que lhe deu um soco no estômago. Jamil Chade, colunista do UOL, tentou filmar o ocorrido, e acabou também agredido. Um segurança lhe aplicou uma chave de braço e tomou seu celular, que foi jogado no chão. Também houve agressão a uma jornalista da Folha de S. Paulo e a outra da TV Globo. "Repudiado por governantes do mundo inteiro, em cada evento de chefes de Estado o senhor mostra que o país foi relegado a uma situação de um pária na comunidade internacional", escreve o presidente da ABI. "Na reunião do G-20 neste fim de semana, mais uma vez, o senhor foi obrigado a ficar pelos cantos, como aqueles convidados indesejados a quem ninguém dá atenção. Como reação, age como um troglodita, hostilizando e estimulando agressões a jornalistas que lhe fazem perguntas corriqueiras. É de dar vergonha", diz a carta.

Fenaj e Instituto Vladimir Herzog também repudiam

O Instituto Vladimir Herzog, referência na defesa dos direitos humanos, também divulgou nota repudiando a violência sofrida por jornalistas. "Não há dúvidas de que a atitude covarde e beligerante dos seguranças contra os jornalistas é consequência direta da postura do próprio presidente que, de forma sistemática e permanente, estimula com atos e palavras a intolerância diante da atividade jornalística", critica o instituto. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também repudiou a violência contra a imprensa: "A Fenaj reitera que a postura do presidente brasileira caracteriza uma institucionalização da violência contra jornalistas, que significa um atentado à liberdade de imprensa e, portanto, à democracia", escreveu a federação, em comunicado. "Ao agredir jornalistas e ao permitir que seus auxiliares também o façam, o presidente comete um crime e deve ser responsabilizado por isso."

Leia a íntegra da carta aberta da ABI:

"CARTA ABERTA DA ABI A JAIR BOLSONARO Mais uma vez o senhor envergonha o Brasil, presidente. Repudiado por governantes do mundo inteiro, em cada evento de chefes de Estado o senhor mostra que o País foi relegado a uma situação de um pária na comunidade internacional. Na reunião do G-20 neste fim de semana, mais uma vez, o senhor foi obrigado a ficar pelos cantos, como aqueles convidados indesejados a quem ninguém dá atenção. Como reação, age como um troglodita, hostilizando e estimulando agressões a jornalistas que lhe fazem perguntas corriqueiras. É de dar vergonha. Na cerimônia de abertura do evento do G-20, no sábado, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, cumprimentou os chefes de Estado e de governo com um aperto de mão, mas o evitou claramente, fato devidamente registrado pela imprensa italiana. Não quis ser fotografado ao seu lado. Mas as coisas não ficaram por aí. Percebendo que era quase um penetra na festa, o senhor preferiu não aparecer para a foto oficial com os estadistas do mundo inteiro. Sentiu a rejeição generalizada. Tampouco sentiu-se à vontade para participar do passeio organizado pelo governo italiano para os líderes do G20, que tiraram fotos jogando moedas na Fontana di Trevi, tradicional ponto turístico de Roma. Mas o vexame e a vergonha foram maiores. Não pararam por aí. Seus seguranças agrediram jornalistas brasileiros e roubaram seus equipamentos em represália a perguntas simples sobre as razões pelas quais o senhor não cumpriria a agenda comum aos demais chefes de Estado. Repórteres da TV Globo e do jornal Folha de S. Paulo e um colunista do Uol foram à delegacia de polícia formalizar queixa das agressões praticadas por seus seguranças. Foi, talvez, um acontecimento inédito. Mesmo assim, o senhor e os demais membros de sua comitiva, aí incluídos representantes do Itamaraty, foram incapazes de uma palavra de desculpa aos profissionais que estavam apenas trabalhando. Ao contrário, continuaram hostilizando os jornalistas brasileiros. A ABI mais uma vez faz o registro: com o seu comportamento avesso à democracia e com ataques constantes à imprensa e ao trabalho dos jornalistas, o senhor estimula essas agressões. Assim, torna-se também responsável por elas. E, como numa bola de neve, elas só aumentam seu isolamento e o repúdio que o senhor recebe da comunidade internacional. Pior, o isolamento não é só seu. Atinge e envergonha o país que o senhor representa. O senhor está tornando o Brasil um pária na comunidade internacional, presidente. Tenha compostura. Paulo Jeronimo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)"

Leia a íntegra da carta aberta do Instituto Vladimir Herzog:

"O Instituto Vladimir Herzog vem a público para repudiar as agressões sofridas por jornalistas brasileiros durante a viagem de Jair Bolsonaro a Roma no último domingo, 31 de outubro. Jamil Chade, do UOL; Ana Estela de Sousa Pinto, da Folha de S. Paulo; Leonardo Monteiro, da Globo; Matheus Magenta, da BBC Brasil, e as equipes de reportagem que os acompanhavam foram agredidos física e verbalmente por agentes de segurança brasileiros e italianos que deram socos, empurrões e chegaram a arrancar o celular de um dos repórteres durante um passeio do presidente pela capital italiana. Não há dúvidas de que a atitude covarde e beligerante dos seguranças contra os jornalistas é consequência direta da postura do próprio presidente que, de forma sistemática e permanente, estimula com atos e palavras a intolerância diante da atividade jornalística. Não podemos tratar mais este episódio de violência contra jornalistas de forma isolada. Sob o atual governo, o Brasil se tornou um lugar hostil para o exercício da atividade jornalística. Questionar a imprensa ou discordar dela são atitudes legítimas; tentar silenciá-la com ataques e tentativas de intimidação é mais uma evidente e grave violação à Constituição e ao Estado democrático de Direito, que infelizmente se tornaram comuns no Brasil. O Instituto Vladimir Herzog presta solidariedade a todas e todos os profissionais covardemente agredidos em Roma e reafirma o compromisso em promover articulações, desenvolver novas iniciativas e acionar todas as vias legais para responder aos complexos e perigosos desafios que atravessamos. Somente assim é que seremos capazes de interromper a escalada de violações à liberdade de expressão e de ataques a jornalistas e comunicadores em todo o país."  

Violência da polícia italiana e brasileira contra os jornalistas que acompanham Bolsonaro pelas ruas de Roma. Equipes agredidas, meu celular levado por um dos policiais e muita confusão. pic.twitter.com/edYo7Xb1WV

- Jamil Chade (@JamilChade) October 31, 2021
> Com Bolsonaro na Itália e COP26 na Escócia, país começa a semana preocupado com a greve dos caminhoneiros > Pesquisa nacional mapeia violência política contra mulheres
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democracia violência Jair Bolsonaro roma liberdade de imprensa g20 ABI agressões a jornalistas

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