Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
CPMI
Congresso em Foco
8/7/2023 | Atualizado às 15:09

Torres foi preso ao retornar a Brasília, e uma minuta de golpe de Estado determinando intervenção federal no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular as eleições foi encontrada em sua casa pela Polícia Federal. "As peças vão se encaixando, e os responsáveis precisam se explicar diante da CPMI", defendeu Aliel. O deputado busca apoio no bloco governista para questionar Ibaneis sobre os motivos da nomeação de Torres, e até que ponto as ações do secretário eram de seu conhecimento.
Além de cobrar explicações a respeito de Anderson Torres, o deputado pretende questionar o governador acerca da conduta de um de seus servidores de confiança. "Pelas informações que recebemos, havia um assessor ligado diretamente à Secretaria de Governo do DF que participou das invasões e postou nas redes sociais. Ele é um servidor comissionado, é um funcionário de confiança do governador", revelou.
O funcionário em questão, conforme demonstrado com exclusividade pelo deputado, é Giderclay Zebalos Bezerra, que tirou fotos junto a manifestantes no Congresso Nacional no dia 8 de janeiro. Em suas redes sociais, adotando o pseudônimo de "Clay", alegou ter sido figura ativa no acampamento montado pelos golpistas em frente ao quartel-general do Exército, além de ter realizado ataques constantes a figuras do governo e do STF.
[caption id="attachment_574430" align="alignleft" width="340"]
Ataques às instituições são cotidianos em suas redes pessoais.[/caption]
"É inadmissível, mesmo depois de tudo que aconteceu, mesmo após o afastamento do governador, nós termos indícios tão graves como a manutenção de um servidor que participou da quebradeira", declarou o parlamentar. A permanência de Giderclay na Secretaria de Governo foi verificada pelo Congresso em Foco no Portal da Transparência do Distrito Federal, onde ficou comprovado seu cargo com o salário bruto de R$ 5,3 mil.
Membro da bancada governista na CPMI, Aliel aguarda o aval da base para apresentar o requerimento de convocação. "Precisamos verificar a parte legal, por se tratar da convocação de um governador. Também se cogita convocar a pessoa especificamente, mas eu avalio se tratar de um ato político do governador, que é o responsável por seus servidores comissionados. Não acho que ele deva responder pelo ato individual do que esse assessor fez, mas pelo ato político de manter alguém assim em seu gabinete mesmo depois de tudo o que aconteceu".
A convocação de chefes de governo é um tema controverso na legislação que trata de CPIs e CPMIs. Caso a equipe jurídica conclua que não é possível fazer a convocação de Ibaneis, Aliel cogita a conversão para convite ou a possibilidade de convocar em seu lugar o secretário da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha. "De um jeito ou de outro, vamos avançar nessa apuração", garantiu.
A próxima reunião da CPMI está prevista para acontecer na terça-feira (11). Nela, está previsto o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, antigo ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Ele é suspeito de ter executado a falsificação do cartão de vacinação do ex-presidente, bem como de ter mantido uma minuta de golpe com teor semelhante à de Anderson Torres e de ter tentado articular um golpe militar junto ao ex-presidente.
Consultada, a assessoria de comunicação do Governo do Distrito Federal confirmou a presença de Zebalos em seu cargo, mas que até então não tinha conhecimento de sua participação nos atos de 8 de janeiro. O governo também informou que A partir do conhecimento dos fatos, o caso será encaminhado para apreciação da Controladoria-Geral do Distrito Federal.Frentes unidas
CÂMARA DOS DEPUTADOS