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Bolsonaro e Guedes, façam pelo menos o feijão com arroz

Congresso em Foco

11/9/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:03

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[fotografo]Dragne Marius/Unsplash]/fotografo]

[fotografo]Dragne Marius/Unsplash]/fotografo]
No português coloquial falado no Brasil, "feijão com arroz" é uma expressão usada para designar o básico, o comum, o mínimo necessário. "Fulano não produz nada de excepcional, só o feijão com arroz". A origem da expressão todo mundo conhece, a mistura de arroz e feijão que tem sido a base da alimentação dos brasileiros desde os primeiros tempos da colônia. Uma tradição que corre o risco de ir roçar os cotovelos com o caviar em salões privilegiados, justamente porque o governo Bolsonaro não consegue fazer o feijão com arroz da governança, que é assegurar um mínimo de proteção ao povo. O nosso velho e conhecido arroz anda pela hora da morte. Acostumados a comprar o pacote do produto a R$ 8, os brasileiros têm lotado as redes sociais de postagens que vão da galhofa ao desespero, mostrando a disparada dos preços: em Brasília, por exemplo, já se compra arroz a até R$ 40. Há quem explique a carestia do arroz pela alta do dólar. O arroz é fundamental na alimentação de metade da humanidade, mas também é uma commodity sujeita a essas oscilações. Outros, como o vice-presidente da República, põem a culpa no auxílio emergencial de R$ 600, que teria permitido ao povo uma farra de compras, elevando o preço do cereal - é a "lei da oferta e da procura", explica o general. Um dado, porém, é irrefutável: o maior produtor de arroz orgânico do país, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - o mesmo MST que a elite tanto criminaliza - continua a oferecer sua produção a preços justos. Isso ocorre porque a agricultura familiar, da qual o MST é um dos braços mais fortes, não se pauta pela lógica do agronegócio. Já os grandes produtores não plantam comida. Plantam commodities. Quem produz alimento neste país é o agricultor familiar, responsável por 70% do que chega à mesa dos brasileiros. É por isso que o agronegócio vem reduzindo suas lavouras de arroz no Brasil desde 2011, desinteressado pelo alimento do brasileiro em função da queda dos preços do produto. Também é essa a razão para que os grandes produtores, que ainda permanecem plantando, direcionem suas colheitas para o mercado externo, com o aquecimento do valor dessa commodity. O MST não se limita a vender arroz a preço justo. Desde o início da pandemia, o movimento já doou 3,4 mil toneladas de alimentos a pessoas carentes, em 24 unidades da federação. É a contribuição dos sem-terra para minorar o sofrimento de 43 milhões de brasileiros e brasileiras atualmente assombrados pela fome, segundo estudos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). E pensar que saímos do mapa da fome durante os governos do PT. A resposta do governo Bolsonaro ao setor que alimenta o Brasil foi vetar a maior parte da lei aprovada pelo Congresso Nacional assegurando auxílio financeiro aos agricultores familiares durante a pandemia de covid-19. Incapaz de fazer ao menos o feijão com arroz diante da crise que infelicita o Brasil, Bolsonaro serve ao povo uma mistura indigesta: corta o auxílio emergencial pela metade - será que com R$ 300 o arroz vai baixar? -, achata ainda mais o salário mínimo e seu ministro da Economia chega ao despautério de defender aumento salarial para o chefe - que hoje recebe R$ 31 mil mensais, com todas as demais despesas pagas pelos sem-arroz. A única coisa de que não se pode reclamar desse governo é de que nos apresente surpresas. Afinal, racismo, misoginia, apologia à tortura e alergia ao povo jamais renderiam um prato palatável. A receita sempre foi ruim e saltou do forno exatamente como estava previsto. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected]. > Leia mais textos do autor.
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Jair Bolsonaro agronegócio MST Paulo Guedes arroz auxilio emergencial covid-19 pandemia senador Jean Paul Prates

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