Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. A falta que um plano faz

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

A falta que um plano faz

Congresso em Foco

19/7/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:33

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

[fotografo] Felipe Werneck/Ibama [/fotografo]

[fotografo] Felipe Werneck/Ibama [/fotografo]
José Augusto Morelli* O avanço acelerado do desmatamento e da degradação ambiental na Amazônia tem ocupado generosos espaços na mídia nacional e internacional, refletindo uma crescente preocupação, aqui em seu sentido literal e original - ocupar-se antecipadamente com determinado assunto - dadas as dimensões amazônicas dos seus efeitos nas mudanças climáticas que se avizinham. O marco civilizatório inaugurado pelo Clube de Roma avança com a mesma intensidade com que avança a ciência, atropelando ideologias e lançando no lixo da história aqueles que se contrapõem às evidências. A tese tacanha de que a questão ambiental é uma pauta de esquerda financiada por organismos internacionais contrários ao interesse da nação, foi catapultada ao panteão das bizarrices, fazendo companhia ao terraplanismo e ao globalismo marxista com as recentes manifestações, duríssimas por sinal, dos principais agentes econômicos do mundo capitalista civilizado. E, surpresa das surpresas, ganhou a adesão do empresariado nacional, incomodado com a pressão que vem de fora. Nesse contexto, a panaceia já em frangalhos do "chamem as Forças Armadas" mostrou-se inócua e absurdamente dispendiosa, diante dos pífios resultados apresentados até agora e confirmados pela recente declaração do chefe do Conselho Nacional da Amazônia de que os números do desmatamento continuarão a crescer em 2020. Foram nos filmes de guerra e livros militares que todos nós tomamos conhecimento dos termos estratégia, planejamento, tática, logística, operações e outros quando estes ainda não faziam parte dos manuais corporativos modernos. É natural portanto, que tais termos e conceitos sejam bastante familiares e especialmente caros aos militares, porque decorrem de séculos de aprendizado na base do sangue, suor e lágrimas vertidos nas inúmeras guerras perpetradas pela humanidade. No entanto, aqui não é o que se constata na prática. Abandonando os manuais militares e negando a própria ciência militar, não há um plano, uma estratégia com a envergadura que o caso requer. Quando muito uma tática equivocada. Errática. E a despeito da iniciativa ter sido inaugurada em 2019 com a primeira GLO, até agora só foram apresentados planos rascunhados, cujo teor é um apanhado de medidas desconexas, copiadas de planos já existentes e cuja execução demandaria muito mais que soldados. Lançadas na aventura da selva pela GLO que permitiu o seu uso na Operação Verde Brasil 2, as Forças Armadas comandadas pelo vice- presidente Mourão perambulam por estradas e rios amazônicos sem saber ao certo quem é o inimigo, com desconhecimento do território, sem logística adequada e  sem dados de inteligência capazes de orientar e direcionar seus esforços. Para tornar mais patética a atuação lhes falta conhecimento teórico e prático da legislação ambiental, sobre a dinâmica do desmatamento, sobre as conexões perigosas do garimpo ilegal e dos meandros da grilagem de terras públicas. Não é seu "métier". Não foram treinados para isso. A par disso, o IBAMA, com vasta expertise no assunto, mas no limbo das decisões, é lançado em campo em posição subalterna, com seus escassos e preciosos recursos sendo drenados por operações inócuas e preterido na divisão do bolo orçamentário, cabendo-lhe tão somente um décimo dos recursos destinados ao Ministério da Defesa para a empreitada. Os investidores internacionais, fundos globais de investimento, representantes do verdadeiro agronegócio e outros setores da economia e sociedade brasileira não tem tempo e nem se interessam por planos vagos apresentados em videoconferências. Querem resultados e é para já. Mas sem um plano não vai. *José Augusto Morelli é analista ambiental do IBAMA.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Amazônia Ibama Forças Armadas Ministério da Defesa desmatamento

Temas

Fórum

LEIA MAIS

DÍVIDA PÚBLICA

Forças Armadas rejeitam uso de superávits militares para abater dívida

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Projeto na Câmara regula uso de drones armados na segurança pública

MEIO AMBIENTE

Desmatamento na Mata Atlântica cai 14% em 2024

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

POLÊMICA NO SENADO

Senado vota eleição a cada 5 anos e mandato maior para parlamentar

2

APOSTAS ONLINE

Saiba quem é o padre Patrick Fernandes, que depõe na CPI das Bets

3

REVIRAVOLTA NO SENADO

CCJ aprova fim da reeleição com redução do mandato de senador

4

DÍVIDA PÚBLICA

Forças Armadas rejeitam uso de superávits militares para abater dívida

5

Câmara

Projeto reajusta salários e reestrutura carreiras do Executivo

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES