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Congresso em Foco

12/7/2005 | Atualizado 22/9/2005 às 10:04

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Edson Sardinha


O cientista político Wagner Mancuso, da Universidade de São Paulo, atribui parte do sucesso dos empresários na aprovação de projetos de seu interesse no Congresso à afinidade da agenda do setor com a do Executivo durante as gestões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O estudo indica que o grau de afinidade entre propostas do Executivo e da indústria nacional nos dois governos Fernando Henrique Cardoso foi de 71,1%. "A indústria venceu em 83,3% dos casos em que uma proposição do governo FHC foi transformada em norma jurídica (35 sucessos em 42 casos)", revela Mancuso.

De acordo com o cientista político, as maiores divergências entre a indústria e o Congresso estão nas matérias relativas ao sistema tributário, ao custo de financiamento e à regulamentação da economia. Ainda assim, nas questões de maior estrangulamento os industriais obtiveram sucesso em 56,4% dos casos.

Outro fator que explica o sucesso dos empresários no Legislativo é a articulação promovida por representantes do setor, responsável por um dos lobbies que age mais às claras em Brasília. Além de ter uma estrutura com mais de 20 profissionais para estreitar a relação com os parlamentares, a CNI se vale da presença de alguns de seus representantes nas cadeiras de deputado e senador.

O presidente da entidade é o deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE). Na confederação, ele ocupa o lugar que já foi do senador Fernando Bezerra (PTB-RN), novo líder do governo no Congresso.

Além de pegar a relatoria de projetos que dizem respeito ao setor, os industriais recorrem a outra tática: o comando das comissões permanentes que mais lhes afetam. Não por acaso, o empresário Sandro Mabel (PL-GO), novo líder do partido na Câmara, foi o presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público no ano passado.

Ainda assim, segundo o professor, não é possível se falar em uma bancada da indústria. "A articulação da indústria com os parlamentares é muito mais complexa", diz o cientista político, em referência ao poder de coesão demonstrado pelas bancadas evangélica e ruralista nas votações em plenário e nas comissões.

Estrutura

A agenda da indústria é resultado de um trabalho que envolve mais de 20 profissionais da Coordenação de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), além de especialistas nos mais diversos assuntos que dizem respeito aos empresários e representantes oficiais do setor. O objetivo, admitem, é fazer um lobby eficiente e às claras.

As posições da entidade são balizadas por pareceres feitos por especialistas que compõem uma espécie de banco de talentos, que orienta o posicionamento da indústria como um todo acerca das proposições.

O trabalho de convencimento passa ainda pelos gabinetes dos líderes partidários, os responsáveis pela orientação das bancadas. "Atuamos como multiplicadores de opinião", reconhece o líder do PL na Câmara, deputado Sandro Mabel (GO), um dos mais atuantes na defesa dos interesses dos industriais.

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