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Para Dilma, imprensa foi conivente com o fascismo de Bolsonaro

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2/11/2019 | Atualizado às 17:38

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Ex-presidente Dilma Rousseff [fotografo]Palácio do Planalto[/fotografo]

Ex-presidente Dilma Rousseff [fotografo]Palácio do Planalto[/fotografo]
A ex-presidente Dilma Rousseff criticou o papel da imprensa na cobertura das declarações do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos na defesa de ditaduras e atos de tortura. Em nota divulgada nesta tarde (veja a íntegra mais abaixo), em resposta a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, Dilma afirma que não se surpreende com a ameaça feita esta semana pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de uma possível volta do Ato Institucional 5 (AI-5), o mais duro do regime militar brasileiro. Segundo ela, o que surpreende é a passividade e até a cumplicidade de parte da imprensa brasileira ao longo dos anos em relação ao discurso da família Bolsonaro. Algo que, ressalta, vem de muitos anos. A mídia, diz ela, sempre fez vista grossa ao crescimento do "neofascismo bolsonarista". "Antes das eleições não havia dúvidas a respeito. Durante as eleições e depois dela, muito menos, pois têm se expressado contra a democracia e os princípios civilizatórios em todas as oportunidades que tiveram", escreveu a petista no texto intitulado "Sobre os surtos neofascistas e a covardia". Para Dilma, nunca houve reação à altura por parte dos principais veículos de comunicação do país às ameaças feitas por Bolsonaro e filhos contra a democracia. "O grave é que nunca receberam da imprensa a oposição enérgica que mereciam. Ao contrário, acredito que a imprensa fez vista grossa ao crescimento do neofascismo bolsonarista, porque este adotara a agenda neoliberal", afirmou a ex-presidente, afastada do cargo após processo de impeachment em 2016. "Na verdade, em prol da realização da agenda neoliberal, na melhor hipótese se auto iludiram, acreditando que poderiam cooptar ou moderar Bolsonaro. Mas a defesa do AI-5 e da ditadura sempre esteve lá", ressaltou. Dilma citou vários episódios em que Bolsonaro e Eduardo defenderam a ditadura, como no caso em que o filho do presidente afirmou que bastava um cabo e um soldado para fechar o Supremo e nas vezes em que ambos homenagearam o coronel Brilhante Ustra, condenado por tortura. A ex-presidente foi presa e torturada durante a ditadura militar. A petista ainda fez uma crítica direta ao jornal O Estado de S. Paulo: "É estranho que me perguntem o que eu acho da última declaração sobre o AI-5, pois a minha vida toda lutei, e continuo lutando, contra o AI-5, seus assemelhados e seus defensores. O Estadão, que me faz esta pergunta, também deve e precisa responder, pois sua posição editorial tem sido, diga-se com muita gentileza, no mínimo ambígua diante da ascensão da extrema direita no país". E acrescentou: "Quem nunca questionou as ameaças da família Bolsonaro com a firmeza necessária e que, em nome de uma oposição cega, covarde e irracional ao PT, se omitiu diante do crescimento do ódio e da extrema-direita, tornou-se cúmplice da defesa canhestra do autoritarismo neofascista". Veja a íntegra do texto assinado pela ex-presidente: "SOBRE OS SURTOS NEOFASCISTAS E A COVARDIA Dilma Rousseff Ninguém, dos órgãos de imprensa, pode se declarar surpreendido pela manifestação do deputado Eduardo Bolsonaro a favor do AI-5. Na verdade, ninguém pode se surpreender porque já houve seguidas manifestações contra a democracia por parte da família Bolsonaro. Defenderam a ditadura militar e, portanto, o AI-5; reverenciaram regimes totalitários e ditadores; homenagearam o torturador e a tortura; confraternizaram com milicianos. Desde sempre pensaram e agiram a favor do retrocesso. Antes das eleições não havia dúvidas a respeito. Durante as eleições e depois dela, muito menos, pois têm se expressado contra a democracia e os princípios civilizatórios em todas as oportunidades que tiveram. O grave é que nunca receberam da imprensa a oposição enérgica que mereciam. Ao contrário, acredito que a imprensa fez vista grossa ao crescimento do neofascismo bolsonarista, porque este adotara a agenda neoliberal. É que, além das pautas neofascistas, a extrema direita defende a retirada de direitos e de garantias ao trabalho e à aposentadoria; as privatizações desnacionalizantes das empresas públicas e da educação universitária e a suspensão da fiscalização e da proteção ambiental à Amazônia e às populações indígenas. Não é possível alegar surpresa ou se estarrecer diante da defesa do AI-5. Na verdade, em prol da realização da agenda neoliberal, na melhor hipótese se auto iludiram, acreditando que poderiam cooptar ou moderar Bolsonaro. Mas a defesa do AI-5 e da ditadura sempre esteve lá. Vamos novamente lembrar, o chamado filho 03, que agora diz que considera o AI-5 necessário, é o mesmo que, há algum tempo, disse que "um soldado e um cabo" bastavam para fechar o STF. Óbvio que sem o poder coercitivo de um AI-5, isto nunca seria possível. O presidente, então ainda deputado, proferiu no plenário da Câmara um voto em que homenageou um dos mais notórios e sanguinários torturadores do regime militar. Aquele coronel só agiu com tal brutalidade contra os opositores do regime militar porque estava protegido pelo AI-5. Jair Bolsonaro afirmou em entrevista que a ditadura militar cometeu poucos assassinatos de opositores políticos. E que os militares deviam ter matado "pelo menos uns 30 mil". Também afirmou, na campanha do ano passado, que, se vencesse a eleição, só restariam dois caminhos aos petistas - o exílio ou a prisão - e de que maneira isto seria possível sem a força brutal de um ato institucional como o AI-5? É estranho que me perguntem o que eu acho da última declaração sobre o AI-5, pois a minha vida toda lutei, e continuo lutando, contra o AI-5, seus assemelhados e seus defensores. O Estadão, que me faz esta pergunta, também deve e precisa responder, pois sua posição editorial tem sido, diga-se com muita gentileza, no mínimo ambígua diante da ascensão da extrema direita no País. Quem nunca questionou as ameaças da família Bolsonaro com a firmeza necessária e que, em nome de uma oposição cega, covarde e irracional ao PT, se omitiu diante do crescimento do ódio e da extrema-direita, tornou-se cúmplice da defesa canhestra do autoritarismo neofascista." > Bolsonaro, o mito dos pés de barro
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ditadura militar Dilma Rousseff democracia censura neoliberalismo Jair Bolsonaro golpe militar Brilhante Ustra AI-5 Eduardo Bolsonaro

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