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Temos de defender Mandetta, diz Padilha, ex-ministro da Saúde de Dilma

Congresso em Foco

19/3/2020 | Atualizado às 12:51

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Padilha foi ministro da Saúde no governo Dilma entre 2011 e 2014[fotografo]Elza Fiúza/ABr[/fotografo]

Padilha foi ministro da Saúde no governo Dilma entre 2011 e 2014[fotografo]Elza Fiúza/ABr[/fotografo]
A forma com que o presidente Jair Bolsonaro tem tratado a pandemia do coronavírus uniu o Congresso na defesa do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, cujo protagonismo tem incomodado o chefe do Executivo. Mandetta ganhou defensores inesperados no Congresso, que tentam blindá-lo, como, por exemplo, da líder do Psol na Câmara, Fernanda Melchionna (RS), e do deputado petista Alexandre Padilha (SP), que foi ministro da Saúde no governo Dilma. > Coronavírus: prevenção, sintomas e o mapa atualizado da covid-19 Para Padilha, o momento é de todos defenderem Mandetta de uma eventual sabotagem de Bolsonaro em relação ao Ministério da Saúde. "O presidente Bolsonaro tem atitudes de verdadeiro terraplanismo sanitário. O Ministério da Saúde, seus técnicos e seu ministro têm de ser protegidos e defendidos diante dos obstáculos e das agressões feitas pelo presidente, que acabam influenciando o conjunto da equipe, sobretudo o ministro Paulo Guedes [Economia]", disse o petista. Assinantes do Congresso em Foco Premium receberam com antecedência as informações constantes desta matéria. Assine agora você também! > As últimas notícias sobre a pandemia de covid-19 no Brasil Segundo ele, o presidente tem dificultado a atuação do Ministério da Saúde, dificultando a liberação de recursos que melhorem o atendimento da população. Padilha demonstra preocupação com o cenário. "Até hoje não conseguiu abrir um leito de UTI novo, não conseguiu multiplicar a capacidade de testes e diagnósticos do coronavírus no SUS. Não conseguiu reforçar a equipe da Anvisa, não conseguiu colocar médico nas unidades básicas de saúde. Isso porque o governo, como um todo, principalmente Bolsonaro e Guedes, travaram as ações do ministério", afirmou o ex-ministro. Padilha tem histórico de divergências com Mandetta. Quando o petista era ministro, o então deputado sul-matogrossense era um dos principais adversários no Congresso do programa Mais Médicos devido à participação de médicos cubanos. O paulista foi o idealizador do programa. A líder do Psol também entende que é preciso defender o ministro diante dos comentários feitos pelo presidente de que o caso tem sido tratado como "histeria". Segundo Fernanda Melchionna, Bolsonaro age como "criminoso". "Já se fala em Brasília que Bolsonaro está em conflito com o ministro da Saúde e cogita mudança. Bolsonaro é criminoso. Sua linha negacionista coloca em risco a população. Ataca o ministro da Saúde que está se baseando em questões científicas. Chega!", escreveu no Twitter. "Mandetta quer ser a tábua de salvação do governo. Mas quem atrapalha a saúde da população é o próprio Bolsonaro", acrescentou. Incômodo para Bolsonaro Diferentemente do ministro, que tem sido elogiado por dialogar com os outros poderes e a sociedade e pregar a adoção de medidas preventivas, o presidente tem sido criticado por relativizar a gravidade da pandemia. Nessa quarta-feira (18), dois ministros dele, os generais Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia), tiveram resultado positivo para o covid-19. Mais de dez pessoas que acompanharam Bolsonaro na comitiva aos Estados Unidos na semana passada também se infectaram. Pressionado, Bolsonaro deu duas coletivas sobre o assunto ontem ao lado do próprio Mandetta e de outras autoridades. Elogiou o trabalho do ministro e procurou afastar comentários de que está incomodado com o auxiliar. Mas, pela primeira vez, o chefe da Saúde adotou um discurso mais político na entrevista, chamando o presidente de "timoneiro" e fazendo comentários elogiosos a ele. Bolsonaro não gostou de ver Mandetta como representante do Executivo em reuniões com os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal na segunda-feira (16). Também desaprovou entrevista dada por ele ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), pré-candidato a presidente. Além disso, considera que o ministro tem ganhado holofotes fazendo contraponto a ele na condução da crise. "Ele [Bolsonaro] é ciumento, não gosta de ver ninguém ao lado dele brilhando muito", disse ao Congresso em Foco uma fonte do governo. Presidente da Frente Parlamentar da Saúde, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) defende que as orientações do ministério devem ser seguidas por todos os governantes. "Todas as determinações do Ministério da Saúde devem prevalecer. Precisamos respaldar as ações que estão sendo tomadas por Mandetta e equipe para minimizar a propagação da covid-19. Não vamos aqui nos apegar às questões políticas. O nosso papel aqui é buscar meios que possam minimizar os efeitos desse vírus na população", reforçou. A frente foi responsável pela indicação do deputado sul-matogrossense para o cargo. Aliados, mas críticos Aliados de Jair Bolsonaro também têm criticado a condução do caso por Bolsonaro. Para o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), o presidente está agindo de maneira irresponsável ao tratar do assunto sem a seriedade que merece, ao chamar o quadro de "histeria". "Você conhece os verdadeiros líderes é na crise, não na festa. O ministro está usando sua experiência como parlamentar e seu conhecimento técnico sem levar pânico, mas sem minimizar os riscos. Convém ao presidente fazer uma reflexão e ser o primeiro a atender aos conselhos dele", defendeu. Integrante da Frente Parlamentar da Saúde, médico e colega de partido de Mandetta, o deputado Zacharias Calil (DEM-GO) diz que o Congresso está do lado do ministro da Saúde. Calil conta que votou em Bolsonaro e apoiou o governo na maioria das deliberações em plenário. Mas entende que o presidente tem de ter a consciência do cargo que ocupa e dar o exemplo à sociedade. "Não tenho nada politicamente contra ele. Mas pessoalmente houve uma falha do presidente. Ele foi incoerente, falou uma coisa e fez outra", diz o deputado em relação à participação de Bolsonaro no ato para o qual ele mesmo aconselhara que os manifestantes não fossem. "Bolsonaro não pode ser responsável só pelos atos dele. Tem de entender que é o chefe do Estado. As pessoas seguem o exemplo dele. Assim banaliza a prevenção da saúde", reforçou Calil, que é cirurgião pediatra. Governo dividido Como mostrou o Congresso em Foco ontem, o governo federal está profundamente dividido sobre qual estratégia adotar para reduzir os danos sanitários, econômicos e humanitários diante do avanço do coronavírus no país. De um lado, Bolsonaro e a equipe econômica, premidos pelo resultado ruim do PIB de 2019 e pelo impacto que o covid-19 causará em 2020, tentam barrar as medidas de isolamento social, preconizadas por autoridades sanitárias mundiais. Espelham-se no modelo adotado por governantes conservadores, como Donald Trump, nos EUA, e Boris Johnson, na Inglaterra. A ideia é deixar o novo coronavírus fazer os estragos que pode fazer, concentrando os cuidados preventivos na população mais vulnerável (idosos, cardíacos, portadores de doenças respiratórias crônicas etc.) e confiando que o ciclo da epidemia terá fim em alguns poucos meses, sem grandes prejuízos econômicos. De outro lado, está o ministro da Saúde, que é apoiado pelas principais lideranças do Congresso e por vários ministros militares e civis. Essa ala destaca a gravidade da crise e defende que é melhor reduzir ao máximo a circulação de pessoas, mesmo em prejuízo da economia, para preservar vidas e evitar o colapso generalizado do sistema de saúde. Aqui, o pressuposto é que a perda de muitas vidas humanas, mesmo sob o aspecto econômico, é o cenário mais catastrófico e evitá-lo deve ser a prioridade máximo do governo federal. > Formas de combater pandemia dividem profundamente o governo. Entenda como e por quê
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