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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Luisa Marini
25/10/2018 | Atualizado às 15:21
Remuneração média feminina corresponde a 85% do salário dos homens. Foto: Fernando Frazão/ABr[/caption]
A violência contra mulheres não é novidade. De acordo com dados do Mapa da Violência de 2015, o Brasil registrou em 2013 uma taxa de 4,8 homicídios para cada 100 mil mulheres, a quarta maior do mundo. Nossa taxa é, por exemplo, 48 vezes maior que a do Reino Unido e 24 vezes maior que da Irlanda ou Dinamarca.
Apesar da paridade salarial entre homens e mulheres estar prevista na legislação trabalhista, a realidade é muito diferente. Dados da última Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, por exemplo, mostram que a remuneração média feminina corresponde a 85% do salário dos homens. Ainda segundo o estudo, mulheres têm menos acesso a postos de trabalho mais bem remunerados e recebem salários menores que homens que desempenham a mesma função.
Pesquisa do site Catho, de busca de empregos, divulgada em março deste ano, mostra que mulheres recebem menos que homens em todos os cargos, áreas de atuação e níveis de escolaridade. A diferença salarial chega a quase 53%, segundo o levantamento.
Na mesma entrevista, Bolsonaro disse que a política de cotas está equivocada e que a "divisão de classes" reforça preconceitos."Isso tudo é maneira de dividir a sociedade. Não devemos ter classes especiais por questão de cor de pele, por questão de opção sexual, por região, seja lá o que for. Somos todos iguais perante a lei", declarou. Para o candidato, vai se destacar, o brasileiro que se empenhar "pelo mérito".
Negros
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Marcha das Mulheres Negras e Indígenas de São Paulo, em 2017. Foto: Paulo Pinto/AGPT[/caption]
A política de cotas foi implementada nas universidades brasileiras em 2003, com o objetivo de aumentar o número de negros nas escolas e, posteriormente, no mercado de trabalho. Em 2012, a Lei nº 12.711/2012 tornou obrigatório que as universidades garantissem 50% das vagas para alunos de renda inferior a um salário mínimo e meio e para estudantes que se declaram pretos, pardos e indígenas.
Na Universidade de Brasília (UnB), que aplica a política há 15 anos, 47 mil alunos tiveram acesso a cursos de graduação e pós-graduação por meio das cotas.
Ainda de acordo com a Rais, do Ministério do Trabalho, dos empregados que autodeclararam raça ou cor, 56,5% são brancos, enquanto 36,7% são pardos e 5,8%, pretos. Os indígenas representam 0,2% da força de trabalho e os que se declaram amarelos, 0,8%.
Além disso, os dados de violência contra negros são assustadores. De acordo com o Atlas da Violência, em 2016 a taxa de homicídios de negros foi 40,2%, duas vezes maior que a de não negros, 16%. Entre 2006 e 2016, a taxa de homicídios de negros cresceu 23,1% enquanto a de não negros caiu 6,8%. A taxa de assassinatos de mulheres negras foi 71% superior à de mulheres não negras.
LGBTI
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Brasil é campeão mundial em mortes de LGBTIs por causa da orientação sexual. Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas[/caption]
A violência contra gays, lésbicas, bissexuais e transexuais também produz dados alarmantes. De acordo com estudo do Grupo Gay da Bahia (GGB), o Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo. No ano passado, foram registrados 445 casos de homicídios relacionados à LGBTIfobia - quando a razão do assassinato é a orientação sexual. Segundo o levantamento, a cada 19 horas um LGBTI é assassinato ou se suicida no Brasil por causa do preconceito, o que torna o país líder mundial desse tipo de crime.
Nordestinos
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Em 2013, o PIB per capita do Nordeste ficou em R$ 12 mil, de acordo com o IBGE. Foto: Wikipedia[/caption]
O último grupo acusado pelo candidato de sofrer de "coitadismo" é formado pela população do Nordeste. A região é a mais pobre do Brasil, com menor PIB per capita - razão do PIB pela quantidade de habitantes - em comparação com as outras regiões. Em 2013, o PIB per capita do Nordeste ficou em R$ 12 mil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o do Sudeste, região com maior índice, chegou a R$ 34 mil. O Piauí, da TV Cidade Verde, para a qual ele deu a declaração, é o penúltimo dos estados, com PIB per capita de R$ 12 mil, atrás apenas do Maranhão, que chega a R$ 11 mil.Tags
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