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Senadores divergem e adiam discussão sobre financiamento de campanhas

Congresso em Foco

20/9/2017 | Atualizado às 22:45

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Substitutivo de Armando Monteiro (PTB-PE) à proposta de Ronaldo Caiado (DEM-GO) prevê outras fontes de recursos para o fundo, que receberia metade do valor das emendas impositivas apresentadas pelas bancadas de deputados e senadores

Substitutivo de Armando Monteiro (PTB-PE) à proposta de Ronaldo Caiado (DEM-GO) prevê outras fontes de recursos para o fundo, que receberia metade do valor das emendas impositivas apresentadas pelas bancadas de deputados e senadores
[caption id="attachment_309481" align="aligncenter" width="580" caption="Substitutivo de Armando Monteiro (PTB-PE) à proposta de Ronaldo Caiado (DEM-GO) prevê que fundo receberia metade do valor das emendas impositivas apresentadas pelas bancadas de deputados e senadores"][fotografo]Roque de Sá / Agência Senado[/fotografo][/caption]  O plenário do Senado inciou nesta quarta-feira (20) o debate sobre as novas regras para o financiamento das eleições. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 206/2017, do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), cria o Fundo Especial de Financiamento de Campanha. O texto original acaba com a propaganda partidária e com o horário eleitoral gratuito. Pela proposta, o dinheiro da compensação fiscal que a União paga às emissoras pela veiculação desses programas seria repassado ao fundo. Nesta quarta-feira (20), O senador Armando Monteiro (PTB-PE), relator do PLS 206/2017, apresentou um substitutivo ao projeto. Ele extingue a propaganda partidária no rádio e na televisão veiculada nos anos sem eleições. Mas mantém o horário eleitoral dos candidatos durante as campanhas. O substitutivo prevê outras fontes de recursos para o fundo, que receberia metade do valor das emendas impositivas apresentadas pelas bancadas de deputados e senadores ao Orçamento Geral da União em anos eleitorais. A previsão é de que o fundo conte com R$ 3 bilhões em 2018. - Não há eleição sem gasto. Sem o financiamento empresarial, temos que buscar recursos públicos. Mas houve o entendimento de que deveríamos usar recursos já existentes. Isso não vai gerar impacto orçamentário - argumenta. O senador Ronaldo Caiado criticou o substitutivo e defendeu o texto original, que previa um fundo de R$ 1,5 bilhão. O autor do PLS 206/2017 questionou o repasse de dinheiro das emendas de bancada para o FEFC. Para ele, a medida vai retirar recursos de áreas como saúde, educação, transportes e segurança pública. - A proposta original é a única que não mexe na programação orçamentária. É orçamentariamente neutra. Com o substitutivo, estaremos dando um cheque em branco sem saber dizer qual o valor da próxima eleição. Como vamos responder à sociedade brasileira neste momento de corte de investimentos e contingenciamento em áreas prioritárias como saúde e segurança? Não vejo como aprovar isso - afirmou.

Discussão suspensa

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, decidiu suspender os debates para que os senadores tenham mais tempo para apresentar emendas ao texto. De acordo com o Regimento Interno da Casa, o prazo termina com o encerramento das discussões. - Se o relator estiver aberto para receber emendas e aprimorar esse texto, poderemos construir um entendimento mínimo. Caberá ao relator acatar ou não as emendas que os senadores possam apresentar a uma matéria polêmica como esta - disse Eunício. O relator, senador Armando Monteiro, concordou com a suspensão dos debates, que serão retomados na próxima terça-feira (26).

Opiniões

O PLS 206/2017 dividiu a opinião dos parlamentares. O senador Humberto Costa (PT-PE) defendeu o financiamento público de campanha previsto no substitutivo. - Ele cria condição de igualdade entre todos os candidatos e permite o controle dos gastos de campanha. A democracia tem um preço. Do outro lado, estão os que querem criar o impasse para trazer de volta o financiamento privado - afirmou Humberto Costa. O líder do PT, senador Lindbergh Farias (RJ), também defendeu o substitutivo. Para ele, acabar com o horário eleitoral durante as campanhas - medida prevista no texto original - seria um ataque à democracia. - A proposta original acaba com o horário eleitoral gratuito, mas diz que os partidos e candidatos poderiam comprar tempo de rádio e televisão. Isso iria beneficiar o poder econômico e os candidatos ricos. Parece uma proposta feita para fazer média com grupos de comunicação. Acabar com o horário eleitoral? Não consigo ver nada menos democrático - disse. Já o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) criticou o substitutivo e defendeu o texto original. Ele classificou como "uma maldade" o repasse de dinheiro das emendas parlamentares para o fundo eleitoral. Renan sugeriu o adiamento da votação. - Privar o parlamentar de apresentar emendas é uma maldade maior do que a que ocorreu na ditadura militar. Tão logo se retomou a democracia no Brasil, o Congresso recuperou o direito de emendar o Orçamento. Votar isso sem que ninguém possa discutir? Isso no mínimo precisaria ser melhor discutido - afirmou. O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) também criticou a previsão de que dinheiro das emendas seja destinado ao fundo eleitoral. - São essas emendazinhas que levamos para nossos estados. É dinheiro para saúde, educação, segurança pública e investimentos. O povo brasileiro não vai aceitar esse projeto - disse.

Outras medidas

O PLS 206/2017 precisa ser aprovado no Senado e na Câmara até o dia 7 de outubro para valer nas eleições de 2018. O substitutivo do senador Armando Monteiro prevê critérios para a distribuição dos recursos entre os partidos. São eles: - 2% seriam divididos igualitariamente entre todos os partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE); - 49%, na proporção dos votos obtidos na última eleição para a Câmara; - 34%, na proporção do número de deputados federais; - 15%, na proporção do número de senadores. O substitutivo também define critérios para a divisão do dinheiro dentro de um mesmo partido. Pelo menos 20% devem ser distribuídos de modo igualitário entre todos os candidatos a um mesmo cargo na mesma circunscrição. A direção nacional da legenda pode decidir como manejar o resto do dinheiro. Mas, se não deliberar sobre o assunto, o substitutivo prevê o seguinte: - 50% para campanhas de presidente, governador e senador; - 30% para campanhas de deputado federal; - 20% para campanhas de deputado estadual e distrital. O substitutivo também estabelece um limite de gastos para a campanha de 2018. No primeiro turno, o limite é de 70% do maior gasto declarado nas últimas eleições. No segundo turno, 30% desse valor. Nas cidades com até 10 mil eleitores, o limite de gastos será de R$ 100 mil para prefeito e de R$ 10 mil para vereador.
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Reforma política Ronaldo Caiado financiamento de campanhas Armando Monteiro eleições 2018 crise brasileira

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