Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Chico Alencar
5/6/2017 | Atualizado às 7:44
 
 
 [fotografo]Mídia Ninja[/fotografo][/caption]Também a esquerda carrega em si sementes de autoritarismo. A militante socialista Rosa Luxemburgo (1871-1919) preocupava-se, há um século, com certas tendências da centenária Revolução Russa de 1917: "Sem eleições gerais, sem uma liberdade de imprensa e com uma liberdade de reunião limitada, sem uma luta de opiniões livres, a vida vegeta e murcha em todas as instituições públicas, e a burocracia torna-se o único elemento ativo".
 
 A esquerda, apesar de sua saga libertária, precisa ser educada para a democracia. Quantos crimes já foram cometidos em nome da "democracia da maioria", definida com mais franqueza como "ditadura do proletariado", transmutada em burocracia do partido único? Stalin, Pol Pot, Ceausescu e que tais nunca mais!
Sou de uma geração que, com sua energia juvenil, travou intensa batalha contra o regime autoritário e covarde da tortura, da truculência, da censura, da ditadura militar apoiada pelo alto empresariado. A deposição de Jango, em 1964, inaugurou uma etapa sombria da nossa História - que, pateticamente, muitos jovens de hoje não apenas desconhecem como são induzidos a vê-la como virtuosa, até idolatrando "mitos" do obscurantismo. É a ignorância e a estupidez a serviço da negação dos valores democráticos e republicanos.
O compromisso progressista é com a democracia: substantiva, direta, participativa, representativa. Democracia com eleições, partidos e vontades livres do poder dissolvente do dinheiro ou das máquinas estatais. O saudoso Carlos Nelson Coutinho (1943-2012) lembrava que "para aqueles que lutam pelo socialismo, a democracia política não é um simples princípio tático: é um valor estratégico permanente, na medida em que é condição tanto para a conquista quanto para a consolidação e aprofundamento da nova sociedade".
Por isso, defender que a Constituição brasileira estabeleça que as eleições no caso de vacância de cargos do Executivo têm que ser DIRETAS até 6 meses antes do término de cada mandato é absolutamente elementar e democrático. 594 deputados e senadores não podem substituir 144 milhões de eleitores! Nem mesmo se sobre o Congresso Nacional não pairassem questionamentos quanto a eleição de 75% de seus membros graças ao poder do dinheiro de grandes corporações privadas. Mesmo se 1 em cada 3 parlamentares não estivesse sob algum tipo de investigação. Mesmo se as denúncias de compra de projetos e votos por empreiteiras, frigoríficos, bancos, agronegocistas e outros setores do poder econômico fossem vazias. Mesmo se os partidos políticos, salvo honrosas exceções, não tivessem se tornado correia de transmissão de poderosos interesses nacionais e transnacionais.
Só a eleição direta não basta: são imprescindíveis campanhas limpas, com agremiações apresentando projetos e programas, sem o tacão do dinheiro e da compra de votos, com igualdade de oportunidades e "paridade de armas". Nossas eleições viciadas e emolduradas pelo marketing demagógico têm sido bienais e... banais. Queremos mais qualidade, além dessa duramente conquistada quantidade de pleitos.
Foram eleitos indiretamente, por colégios eleitorais restritos, os marechais Deodoro e Floriano, no início dos anos 90 do século XIX; Getúlio Vargas em 1934; os generais da ditadura (Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo), e Tancredo Neves, na transição pactuada pelo alto para a nossa ainda limitada democracia. Todos em circunstâncias muitos excepcionais. Já está de bom tamanho para quem aposta na cidadania de base como seiva e vida de uma República, e na irrenunciável soberania popular. Não me venham com indiretas!
"SP pelas Diretas Já" reúne manifestantes na capital paulista
[fotografo]Mídia Ninja[/fotografo][/caption]Também a esquerda carrega em si sementes de autoritarismo. A militante socialista Rosa Luxemburgo (1871-1919) preocupava-se, há um século, com certas tendências da centenária Revolução Russa de 1917: "Sem eleições gerais, sem uma liberdade de imprensa e com uma liberdade de reunião limitada, sem uma luta de opiniões livres, a vida vegeta e murcha em todas as instituições públicas, e a burocracia torna-se o único elemento ativo".
 
 A esquerda, apesar de sua saga libertária, precisa ser educada para a democracia. Quantos crimes já foram cometidos em nome da "democracia da maioria", definida com mais franqueza como "ditadura do proletariado", transmutada em burocracia do partido único? Stalin, Pol Pot, Ceausescu e que tais nunca mais!
Sou de uma geração que, com sua energia juvenil, travou intensa batalha contra o regime autoritário e covarde da tortura, da truculência, da censura, da ditadura militar apoiada pelo alto empresariado. A deposição de Jango, em 1964, inaugurou uma etapa sombria da nossa História - que, pateticamente, muitos jovens de hoje não apenas desconhecem como são induzidos a vê-la como virtuosa, até idolatrando "mitos" do obscurantismo. É a ignorância e a estupidez a serviço da negação dos valores democráticos e republicanos.
O compromisso progressista é com a democracia: substantiva, direta, participativa, representativa. Democracia com eleições, partidos e vontades livres do poder dissolvente do dinheiro ou das máquinas estatais. O saudoso Carlos Nelson Coutinho (1943-2012) lembrava que "para aqueles que lutam pelo socialismo, a democracia política não é um simples princípio tático: é um valor estratégico permanente, na medida em que é condição tanto para a conquista quanto para a consolidação e aprofundamento da nova sociedade".
Por isso, defender que a Constituição brasileira estabeleça que as eleições no caso de vacância de cargos do Executivo têm que ser DIRETAS até 6 meses antes do término de cada mandato é absolutamente elementar e democrático. 594 deputados e senadores não podem substituir 144 milhões de eleitores! Nem mesmo se sobre o Congresso Nacional não pairassem questionamentos quanto a eleição de 75% de seus membros graças ao poder do dinheiro de grandes corporações privadas. Mesmo se 1 em cada 3 parlamentares não estivesse sob algum tipo de investigação. Mesmo se as denúncias de compra de projetos e votos por empreiteiras, frigoríficos, bancos, agronegocistas e outros setores do poder econômico fossem vazias. Mesmo se os partidos políticos, salvo honrosas exceções, não tivessem se tornado correia de transmissão de poderosos interesses nacionais e transnacionais.
Só a eleição direta não basta: são imprescindíveis campanhas limpas, com agremiações apresentando projetos e programas, sem o tacão do dinheiro e da compra de votos, com igualdade de oportunidades e "paridade de armas". Nossas eleições viciadas e emolduradas pelo marketing demagógico têm sido bienais e... banais. Queremos mais qualidade, além dessa duramente conquistada quantidade de pleitos.
Foram eleitos indiretamente, por colégios eleitorais restritos, os marechais Deodoro e Floriano, no início dos anos 90 do século XIX; Getúlio Vargas em 1934; os generais da ditadura (Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo), e Tancredo Neves, na transição pactuada pelo alto para a nossa ainda limitada democracia. Todos em circunstâncias muitos excepcionais. Já está de bom tamanho para quem aposta na cidadania de base como seiva e vida de uma República, e na irrenunciável soberania popular. Não me venham com indiretas!
"SP pelas Diretas Já" reúne manifestantes na capital paulistaTemas
Câmara dos Deputados
Comissão debate isenção de registro para professor de educação física
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas