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Congresso em Foco
1/11/2016 | Atualizado às 12:23
[fotografo]Marcelo Camargo/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Em Florianópolis, uma das capitais onde a disputa foi a mais acirrada, o fenômeno do "não voto" somou 93.527 registros - pouco mais de 51 mil abstiveram-se de escolher o próximo prefeito. No Rio de Janeiro, a realidade foi ainda mais emblemática: o número de pessoas que se abstiveram foi maior do que os votos do segundo colocado, 1,3 milhões de pessoas - somadas aos que votaram nulo ou branco, ultrapassam a votação do primeiro colocado.
Pelo visto, para milhões de brasileiros foi-se o tempo em que votar era um dever cívico, um direito que deveria ser valorizado e exercido com consciência. Não votar ou anular tem sido uma opção que ganha cada vez mais adeptos. Lamentavelmente o que assistimos é a um crescente desencantamento do eleitor com a política e os representantes. Na avaliação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, há um "estranhamento" entre cidadãos e os políticos. Como mudar este cenário?
Uma pergunta de difícil resposta, mas que sem dúvida passa pela tão falada e sonhada profunda reforma política. Uma nova comissão especial para discutir o tema foi instalada recentemente na Câmara dos Deputados. Mais um colegiado entre tantos que já debateram o assunto e pouco avançaram. Espera-se que diante dos altos números de abstenções e votos nulos e brancos nas eleições 2016, os nobres congressistas pensem bem antes de pautarem apenas mudanças fictícias que não transformem para valer o sistema eleitoral e político brasileiro.
2018 é logo ali e o eleitor deu seu recado.
* Jornalista e especialista em ciência política.
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