Um dia após troca de ministro, PF entra em luto
Congresso em Foco
1/3/2016 | Atualizado 3/3/2016 às 0:56
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[caption id="attachment_229328" align="alignleft" width="285" caption="Brasão da PF com faixa de luto estampa página da corporação no Facebook"]
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Um dia após a substituição do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pelo procurador Wellington Cesar Lima e Silva, a página da Polícia Federal no Facebook entrou em luto. Uma faixa preta em diagonal foi sobreposta ao brasão da corporação por volta das 10h. Em duas horas, mais de 40 mil internautas haviam curtido a publicação e 3 mil a haviam compartilhado na rede social. A quase totalidade dos mais de mil comentários do post defende a independência da instituição.
Procurada pelo Congresso em Foco, a PF negou que o luto esteja relacionado à troca de ministro. Informou que o pesar é pela morte do agente federal Wilson Teixeira de Queiroz Netto, morto em troca de tiros nesta madrugada ao tentar proteger uma pessoa durante um assalto. A informação sobre o luto de três dias também consta do site da PF, mas não há referência à morte do policial na página do Facebook.
A divulgação da imagem de luto ocorre um dia após a troca no comando da pasta, à qual a PF é vinculada, e a publicação de uma nota pela Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF) em que a categoria manifesta "extrema preocupação" com a saída do ministro "em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal". A substituição de ministro também põe em risco a permanência no cargo do atual diretor-geral da PF, Leandro Daiello.
Os delegados também defenderam a "independência funcional para a livre condução da investigação criminal". Cardozo deixou o Ministério da Justiça após ser bastante criticado pelo PT e pelo ex-presidente Lula, que reclamaram da falta de ascendência do ministro sobre a PF, que, na avaliação de petistas, tem atuado politicamente contra o partido nas operações Zelotes e Lava Jato.
"A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal permanece compromissada em fortalecer a Polícia Federal como uma polícia de Estado, técnica e autônoma, livre de pressões externas ou de orientações político-partidárias", diz a nota da ADPF.
Veja a nota da PF sobre a morte do agente federal:
"Com profundo pesar, a Direção Geral informa o falecimento na madrugada de hoje, 1º/3, do Agente de Polícia Federal Wilson Teixeira de Queiroz Netto. O policial, ao tentar defender uma terceira pessoa de uma assalto, foi vitimado em troca de tiros..
O policial, natural de Pilão Arcado/BA, tinha 41 anos e ingressou nos quadros da PF em Salvador/BA no ano de 2002. Com passagem pela cidade de Altamira/PA, Wilson estava lotado em Juazeiro/BA desde outubro do ano passado.
A Direção Geral se solidariza com familiares, amigos e colegas de trabalho, lamentando profundamente o triste episódio que encerrou a carreira promissora do policial.
Fica estipulado luto na instituição pelo prazo de 3 dias."
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Um dia após a substituição do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pelo procurador Wellington Cesar Lima e Silva, a página da Polícia Federal no Facebook entrou em luto. Uma faixa preta em diagonal foi sobreposta ao brasão da corporação por volta das 10h. Em duas horas, mais de 40 mil internautas haviam curtido a publicação e 3 mil a haviam compartilhado na rede social. A quase totalidade dos mais de mil comentários do post defende a independência da instituição.
Procurada pelo Congresso em Foco, a PF negou que o luto esteja relacionado à troca de ministro. Informou que o pesar é pela morte do agente federal Wilson Teixeira de Queiroz Netto, morto em troca de tiros nesta madrugada ao tentar proteger uma pessoa durante um assalto. A informação sobre o luto de três dias também consta do site da PF, mas não há referência à morte do policial na página do Facebook.
A divulgação da imagem de luto ocorre um dia após a troca no comando da pasta, à qual a PF é vinculada, e a publicação de uma nota pela Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF) em que a categoria manifesta "extrema preocupação" com a saída do ministro "em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal". A substituição de ministro também põe em risco a permanência no cargo do atual diretor-geral da PF, Leandro Daiello.
Os delegados também defenderam a "independência funcional para a livre condução da investigação criminal". Cardozo deixou o Ministério da Justiça após ser bastante criticado pelo PT e pelo ex-presidente Lula, que reclamaram da falta de ascendência do ministro sobre a PF, que, na avaliação de petistas, tem atuado politicamente contra o partido nas operações Zelotes e Lava Jato.
"A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal permanece compromissada em fortalecer a Polícia Federal como uma polícia de Estado, técnica e autônoma, livre de pressões externas ou de orientações político-partidárias", diz a nota da ADPF.
Veja a nota da PF sobre a morte do agente federal:
"Com profundo pesar, a Direção Geral informa o falecimento na madrugada de hoje, 1º/3, do Agente de Polícia Federal Wilson Teixeira de Queiroz Netto. O policial, ao tentar defender uma terceira pessoa de uma assalto, foi vitimado em troca de tiros..
O policial, natural de Pilão Arcado/BA, tinha 41 anos e ingressou nos quadros da PF em Salvador/BA no ano de 2002. Com passagem pela cidade de Altamira/PA, Wilson estava lotado em Juazeiro/BA desde outubro do ano passado.
A Direção Geral se solidariza com familiares, amigos e colegas de trabalho, lamentando profundamente o triste episódio que encerrou a carreira promissora do policial.
Fica estipulado luto na instituição pelo prazo de 3 dias."
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