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Congresso em Foco
21/9/2018 | Atualizado às 20:46
Santa Casa de Juiz de Fora completou 164 anos em 6 de agosto - Foto: Divulgação / SCJF[/caption]
Para o caso do procedimento realizado em Bolsonaro, "tratamento cirúrgico de lesões vasculares traumáticas do abdômen", o valor de R$ 367,06 já era apontado pela tabela do DataSus em janeiro de 2008, e a manutenção no repasse se repete no caso do hospital. A revista piauí avançou com a informação de que o trajeto de avião que levou Bolsonaro para o hospital Albert Einstein, em São Paulo, custou cerca de 20 mil reais, o que representa um valor aproximadamente 14 vezes maior que o procedimento realizado na Santa Casa.
O plano de saúde da Câmara dos Deputados é quem deve arcar com os gastos da transferência. Na data do deslocamento, o presidente da Santa Casa de Misericórdia, Renato Loures, afirmou que o processo foi uma vontade da família de Bolsonaro: "A transferência foi um pedido da família, e deve ter havido uma pressão muito grande dos hospitais de São Paulo. Vieram dois médicos do Sírio-Libanês a pedido da família, e depois dois do Einstein. Estamos preparados para qualquer tipo de atendimento, em qualquer especialidade".
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Além desta operação, Bolsonaro realizou mais pelo menos dois procedimentos. Um foi uma colectomia parcial, provocada pela lesão em seu colón transverso. O valor da operação hoje é de R$ 267,26 no DataSus. Em 2008, R$ 242,96 eram repassados pelo procedimento, o que representa um ajuste de apenas 9,1% em mais de dez anos. Outra operação a que Bolsonaro foi submetido foi uma enterorrafia, datada em R$ 145,34 frente aos R$ 132,13 de 2008 - o que representa um acréscimo de 14,05%. A inflação acumulada no período, segundo o Banco Central, ultrapassa os 87%. Teto de gastos Em junho de 2017, os valores dos repasses do SUS foram discutidos na Câmara dos Deputados. Um dos argumentos levantados por secretários de Saúde de municípios que reivindicavam ajustes nos repasses foi o de que, desde o Plano Real, a tabela subiu 100%, enquanto a energia elétrica aumentou em 1000%. A audiência foi proposta pelo deputado Sergio Vidigal (PDT-CE), que à época afirmou que a única maneira de alterar a situação seria revisar a Emenda Constitucional 95, que fixa o teto de gastos por 20 anos no Brasil. Na ocasião, o presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Edson Rogatti, indicou que as Santas Casas acumulariam uma dívida de R$ 22 bilhões - como exemplo, ele informou que um raio X de tórax custa R$ 36, mas a tabela oferece menos de R$ 7. [caption id="attachment_357759" align="alignnone" width="700"]
Imagem do quatro-modelo de internação da Santa Casa - Foto: Divulgação / SCJF[/caption]
Dentre os 13 candidatos à Presidência em 2018, apenas três apresentam propostas relativas ao financiamento da saúde em seus planos de governo cadastrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Cabo Daciola (Patriota) propõe atualizar a tabela do SUS. Geraldo Alckmin (PSDB) tem a intenção de "instituir programa nacional de gestão sustentável para as Santas Casas" em suas diretrizes. Já João Goulart Filho (PPL) questiona o sistema de organizações sociais, dos quais as santas casas fazem parte.
"Vamos retomar a gestão pública da saúde pública, acabando com o sistema de gestão privada por meio das O.S., e ao mesmo tempo democratizar e fortalecer (dando-lhes poder de decisão) os conselhos da saúde, desde o nacional até os de base", diz o candidato.
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