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Congresso em Foco
18/5/2016 | Atualizado às 23:52
[fotografo]Wilson Dias/Agência Brasil[/fotografo][/caption]A indicação do deputado André Moura (PSC-SE) como líder do governo na Câmara provocou constrangimento generalizado entre parlamentares de vários partidos, em situação que agrava ainda mais a crise política que acomete a Casa. Os líderes da chamada "oposição pelo Brasil" - formada pelo DEM, PSDB, PPS e PSB - apontam o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como o responsável pela indicação de Moura.
"A indicação de André Moura foi feita por Eduardo Cunha, que pressiona o presidente [interino] Temer", diz o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM).
A indicação de Moura atropelou o convite feito pelo ministro-chefe da Secretaria de Relações institucionais, Geddel Vieira Lima, que convidou o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para o cargo de líder do governo na Câmara. Os deputados do DEM não entenderam a manobra e creditam a mudança à excessiva influência de Eduardo Cunha sobre Michel Temer.
Em sua primeira entrevista como líder de Temer na Câmara, André Moura teve que dar explicações sobre os processos a que responde como réu no Supremo Tribunal Federal, entre eles por assassinato e formação de quadrilha. Ele também é um dos investigados na Operação Lava Jato. Os assuntos de interesse do governo que o deputado deveria tratar no primeiro dia como líder perderam a importância diante das denúncias de chantagem de Cunha sobre Temer.
André Moura disse que não se sente constrangido devido à situação de réu na Operação Lava Jato. Em referência a outra pendência judicial, o deputado garante que o procurador estadual que pediu a abertura de processo contra ele como mandante de assassinato deve pedir o arquivamento da causa. Ele também nega quer Eduardo Cunha tenha tido influência sobre a indicação do seu nome como líder do governo.
"Eduardo Cunha não teve ingerência na minha indicação e nem terá influência sobre o meu trabalho na liderança", disse Moura.
A permanência do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), também é atribuída por vários deputados a Eduardo Cunha. Ainda usufruindo da residência oficial da Casa em Brasília, Cunha atua para fortalecer ainda mais a sua bancada interpartidária, que pode chegar a 250 deputados, na maioria evangélicos como ele. O presidente afastado nega a interferência entre os colegas.
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