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Congresso em Foco
5/2/2016 | Atualizado 7/2/2016 às 11:02
[fotografo]Eletronuclear[/fotografo][/caption]Um dos delatores da Operação Lava Jato, o dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, repassou à Polícia Federal uma tabela com indicação de pagamentos ao advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz, que chegaram a R$ 2,2 milhões. De acordo com o depoimento de Pessoa, o dinheiro foi uma forma de comprar de Tiago informações privilegiadas, com a devida antecipação, sobre investigações e julgamentos em curso na corte de contas envolvendo a UTC.
A tabela foi anexada a um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar indícios de irregularidades em obras da Usina Angra 3. Constam entre os investigados nessa ação, além de Tiago Cedraz, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros dois senadores do partido - Edison Lobão (MA), ex-ministro de Minas e Energia, e Romero Jucá (RR), ex-líder dos governos Lula e Dilma Rousseff na Casa legislativa.
Intitulada "Thiago BsB", referência à capital federal, a tabela aponta 24 pagamentos de R$ 50 mil cada um, entre 2012 e 2014, e outro de R$ 1 milhão em fevereiro de 2014. As informações são da TV Globo e do portal G1. Segundo o delator, a UTC se valia das informações privilegiadas produzidas por especialistas do TCU para se preparar, técnica e politicamente, "acionando os meios necessários para que parlamentares intercedessem junto ao Comitê de Obras Irregulares [do Congresso]". No termo de declaração de Pessoa que acompanha a tabela, registra-se cada uma das 151 entradas de Tiago Cedraz na sede da UTC no período acima mencionado.
Consórcio
O escritório Cedraz Advogados, de propriedade de Tiago, alega ter prestado serviços de advocacia para o Consórcio Una 3, mas fora do âmbito do TCU. O Una 3 tinha interesse no empreendimento de Angra 3 e era formado, entre outras corporações, pela UTC.
O filho do ministro vem negando, desde que seu nome surgiu no noticiário sobre o assunto, ter recebido dinheiro para defender interesses da UTC junto ao TCU. Ele deveria ter falado à PF sobre o assunto em 27 de outubro de 2015, mas alegou que só prestaria depoimento depois de ter acesso aos autos da investigação e foi liberado. O advogado ainda não foi ouvido pelos investigadores.
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