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Congresso em Foco
30/11/2015 | Atualizado às 18:59
[fotografo]Valter Campanato/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça 16 pessoas por envolvimento no esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Esta é a primeira denúncia da Operação Zelotes. Entre os denunciados estão o lobista Alexandre Paes dos Santos, os empresários Mauro Marcondes e Robert Rittscher, a ex-secretária-adjunta da Receita Federal Lytha Spíndola e o ex-secretário de Comunicação do Senado Fernando César Mesquita. O grupo é acusado de participar da negociação de medidas provisórias que concederam benefícios fiscais a empresas do setor automobilístico.
Além da prisão, o MPF cobra a devolução de R$ 879,5 milhões como reparação aos cofres públicos e a perda, em favor da União, de R$ 1,58 milhão pela prática de lavagem de dinheiro. Os procuradores da República também pedem à Justiça que determine outras punições aos envolvidos, como a perda dos cargos e a cassação de aposentadoria dos funcionários públicos.
A Procuradoria da República no Distrito Federal denunciou o grupo pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, corrupção ativa e passiva e extorsão. Os acusados negam participação no esquema.
A denúncia envolve as empresas SGR Consultoria Empresarial Ltda e Marcondes e a Mautoni Empreendimentos e Diplomacia Corporativa (M&M). Segundo as investigações, as organizações se uniram em 2009 para a prática de crimes. De acordo com os procuradores, a SGR, fundada pelo ex-auditor da Receita Federal Eivany Antônio da Silva, se caracterizava por "oferecer como produto criminoso a contribuintes de grande porte, selecionados pelos membros da organização, decisões favoráveis dentro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda - Carf, última instância administrativa na esfera tributária".
Já a M&M, chefiada pelo casal Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, atuava no sentido de patrocinar "interesses de particulares junto ao Estado", de acordo com os investigadores. A empresa contava com a participação regular de Francisco Mirto Florêncio na intermediação de negócios entre particulares e o governo.
Os principais nomes ligados às referidas organizações estão em prisão preventiva desde o dia 26 de outubro.
De acordo com as investigações, a SGR e a M&M atuavam em conjunto para atender aos interesses da montadora MMC junto ao Carf, onde tramitava um recurso relativo a uma multa milionária imposta à montadora. No julgamento - por quatro votos a dois -, a MMC deixou de pagar mais de R$ 266 milhões aos cofres públicos. Em outro momento, segundo o Ministério Público, as organizações atuaram na compra da Medida Provisória 471/09 que beneficiou, além da MMC, o grupo Caoa, também do setor automobilístico. A renúncia fiscal decorrente da prorrogação da MP chegou a R$ 879,5 milhões.
Veja a relação dos denunciados:
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