Após reunião com embaixadores, oposição aciona TSE contra Bolsonaro

Os líderes da oposição no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o da minoria na Câmara, Alencar Santana Braga (PT-SP), anunciaram em suas redes sociais que planejam acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após o presidente Jair Bolsonaro ter feito uma reunião com embaixadores para divulgar desinformações do sistema eleitoral, visando deslegitimar o uso de urnas eletrônicas nas eleições. Randolfe afirma que planeja acionar o TSE por propaganda irregular enquanto pré-candidato a reeleição, bem como para que seu partido, o PL, se retrate sobre as declarações e desminta as alegações do presidente. As declarações de Bolsonaro foram transmitidas utilizando aparato público de televisão, e o senador ainda afirma que a ação deverá incluir o desconto do tempo utilizado no tempo de TV do partido. "Chegou a hora definitiva de colocar fim à palhaçada fascista e autoritária de Jair Bolsonaro", declarou. No caso da Câmara, Alencar Santana trabalha em ação conjunta com as demais lideranças. "Eu e os demais líderes dos partidos da oposição vamos denunciar Bolsonaro pelo crime que cometeu ao chamar embaixadores de outras nações para atacar e desacreditar o sistema eleitoral brasileiro, que o elegeu, aliás, por 30 anos. E ainda cometeu esse crime usando uma TV pública", declarou. Wolney Queiroz (PDT-PE), líder da oposição na Câmara, também chama a atenção para o momento em que Bolsonaro demonstrou estranhar o sistema eleitoral. "Desde a criação das urnas eletrônicas, Bolsonaro foi eleito 5 vezes como deputado e 1 vez para presidente. No entanto, apenas agora ele não confia nas urnas. Bolsonaro está com medo de perder e apela para as mentiras cada vez mais", publicou.