Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Policiais acusam governo de monitorar operações

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Policiais acusam governo de monitorar operações

Congresso em Foco

29/10/2013 | Atualizado 30/10/2013 às 2:30

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_134647" align="alignleft" width="290" caption="Para representantes de policiais, controle de diárias pode comprometer operações da PF"][fotografo]Marcello Casal Jr./ABr[/fotografo][/caption]O processo de eleição para comandar a Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) expôs uma grave crítica interna dos integrantes da corporação às rédeas curtas impostas pelo governo Dilma Rousseff nos gastos com diárias e passagens em todos os ministérios. Delegados, agentes e peritos temem que operações policiais estejam sendo monitoradas, ainda que indiretamente, pelo Ministério da Justiça, por meio de um decreto presidencial que exige o aval de José Eduardo Cardozo para serem concedidas diárias para viagens. Até o vice-corregedor da corporação, delegado Fernando Segóvia, que encabeçou uma chapa para disputar o comando da associação de delegados, criticou a medida. Na proposta para convencer seus colegas, ele prometeu "reivindicar o fim do monitoramento das operações da Polícia Federal pelo ministro da Justiça" por meio do decreto. O objetivo era impedir o uso da regra na PF. Na eleição, que aconteceu no início deste mês, Segóvia perdeu a disputa para Marcos Leôncio Ribeiro, reeleito para a presidência da ADPF por mais dois anos. O Decreto 7.689/12, baixado pela presidente Dilma no passado, limitou os gastos com diárias e passagens, principalmente para o exterior, em todo o Poder Executivo. Para despesas que envolvam mais de dez pessoas, por exemplo, é necessária a autorização do ministro da área. Pagar mais de dez dias de serviço fora para um mesmo servidor? Só com o chefe da pasta. Só ele pode autorizar viagens ao exterior ou o gasto de mais de 40 diárias intercaladas no período de um ano. Se houver necessidade de sigilo, essa autorização poderá ou não ser delegada a chefes de menor escalão. O Congresso em Foco procurou a PF, o Ministério da Justiça e o Ministério do Planejamento. Em nota, a corporação negou vazamentos. A assessoria da PF disse que os pedidos de autorização são feito "de forma genérica" e sem revelar a "natureza" das viagens. Grande deslocamento nem sempre é operação, diz PF Controle dos locais Mas a suspeita de monitoramento não se resume aos delegados. Agentes também acreditam que o governo possa usar esse mecanismo financeiro para se informar sobre onde estão ocorrendo investigações e tentar prever datas de operações e nome dos alvos da PF. "É uma situação muito complicada, pois há a possibilidade de controle dos locais da ação. Aumenta o risco de vazamento", diz o escrivão Flávio Werneck, diretor da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Brasília. O presidente da Associação dos Peritos Criminais Federais (APCF), Carlos Antônio de Oliveira, também acredita na possibilidade de vazamentos. Entretanto, ele acha importante o que o Ministério da Justiça "compartimente" a informação a fim de isso não acontecer. Werneck ainda se queixa dos pedidos de autorização para manter policiais no exterior. "Em 60 dias você não consegue levantar dados. Aí, você tem um mapeamento de quantos policiais estão em cada local". Demora e prejuízos Mesmo descartado o medo dos monitoramentos indiretos, os policiais anteveem o adiamento forçado de operações por conta da burocracia, já que a corporação teria conseguido travar as despesas com viagens, "a gasolina" do órgão. "A PF é movida por diárias, já que o efetivo é diminuto", afirma Marcos Leôncio, o presidente reeleito da ADPF. "A operação é a oportunidade. Então, traz prejuízo à operação se eu tenho que adiar tudo." A presidente do sindicato dos servidores técnico-administrativos da PF (Sinpecpf), Leilane Ribeiro, diz que a restrição às diárias é mais intensa para esse setor da corporação, que inclui desde agentes administrativos a médicos, engenheiros, arquitetos e contadores. "A partir de outubro, as diárias para os administrativos já estão suspensas até o fim do ano. Se houver necessidade, podem viajar com o risco de não receber a diária antecipadamente e de receber só no fim do ano", denuncia Leilane. Leilane diz que isso também atrapalha as grandes operações policiais. "É o administrativo que põe combustível no carro, que instala o equipamento, faz as ordens das missões, paga as passagens e instala os serviços de rádio", enumera Leilane. A Polícia Federal negou prejuízos à eficiência do órgão. Citou recordes na realização de operações em 2012 e na apreensão de drogas em setembro passado. Grande deslocamento nem sempre é operação, diz PF Outros textos sobre a Polícia Federal
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures PF Polícia Federal Segurança Pública Dilma crime organizado corrupção José Eduardo Cardozo Ministério da Justiça Ministério do Planejamento ADPF Carlos Antônio de Oliveira Fernando segóvia marcos Leôncio ribeiro Leilane ribeiro Flávio Werneck fenapf sinpecpf

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

PERFIL

Entenda quem é Gilson Machado, quarto ex-ministro preso de Bolsonaro

Prisão à vista

PF descobre localização de Carla Zambelli na Itália

ANTIGO GOVERNO

Com Gilson Machado, Bolsonaro tem quatro ex-ministros presos

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

3

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

4

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

5

Agenda

Lula participa de Cúpula do G7 no Canadá

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES