Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Eduardo Militão
30/9/2013 | Atualizado 1/10/2013 às 10:46
 [fotografo]Ag. Senado[/fotografo]
[fotografo]Ag. Senado[/fotografo] O trabalho dos auditores da Sefip Alexander Jorge, Lídio José Ferreira e Allyson Paulista mostra que 294 funcionários do Senado tinham jornada de trabalho menor que 40 horas semanais. Ainda assim, recebiam como se cumprissem toda a carga horária exigida, de oito horas por dia de segunda a sexta-feira. Por isso, esses funcionários deverão devolver R$ 102 milhões, ou R$ 347 mil em média para cada um. Pagando R$ 2.800 mensais, levarão dez anos para repararem o prejuízo aos bolsos dos contribuintes.
Reajustes irregulares para 177 membros de comissões de licitação, enfermeiros, seguranças e motoristas causaram um rombo de R$ 139 milhões nos últimos cinco anos, de acordo com os auditores do TCU. Para devolver tudo, cada um levará 23 anos e meio para quitar os R$ 788 mil devidos, em média.
 As nove irregularidades e o valor médio das devoluções 
A operação deve ser ainda mais complicada porque o Sindicato dos Servidores do Legislativo (Sindilegis) já recorreu da decisão que cortou os megacontracheques da Câmara e promete fazer o mesmo com a determinação que mandou os funcionários do Senado restituírem o dinheiro recebido de forma ilegal. Entretanto, juristas ouvidos pelo Congresso em Foco afirmam que, se houver vontade política dos parlamentares, recursos feitos fora do Judiciário poderão ser ignorados pela administração das duas Casas.
Em seu voto, o ministro revisor do caso no TCU, Walton Alencar, disse que a devolução dos valores nada tem a ver com uma alegada boa-fé dos funcionários. "A obrigatoriedade independe da boa ou má-fé", disse Walton Alencar.
Atos secretos
A auditoria do TCU foi feita a pedido do Ministério Público Federal e do então presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), após a revelação dos atos secretos da Casa, em 2009. Era um conjunto de normas não publicadas nos boletins internos do Senado que concediam aumentos e faziam nomeações de apadrinhados dos senadores e de altos funcionários da Casa.
Com base na auditoria, em 2011, o Ministério Público ajuizou três ações contra o Senado, a Câmara e a União, pelo pagamento de supersalários. O juiz Alaôr Piacini, da 9ª Vara Federal, determinou liminarmente o corte nos pagamentos ilegais. Apenas o Senado e a Câmara recorreram e conseguiram suspender a decisão no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O caso ainda está sendo julgado pela 9ª Vara. Agora, ao contrário de recorrer, o Senado promete cumprir uma decisão ainda mais rigorosa do que a determinada há dois anos.
Reportagens e censura
Como mostrou série de reportagens do Congresso em Foco, os supersalários são pagos a políticos, autoridades, magistrados e servidores de todos os Poderes, dentro e fora de Brasília. No Congresso, até o ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) recebe acima do teto. Com cerca de 7 mil funcionários efetivos, o Congresso tinha 1.588 servidores (quase um quarto) ganhando mais do que prevê a Constituição em 2009 e 2010. Três anos depois, a quantidade quase dobrou, chegando a 2.914 segundo nova auditoria do TCU, revelada pelo jornal O Estado de S.Paulo. São 714 no Senado e 2.200 na Câmara.
Por publicar listas com nomes de servidores do Congresso donos de megacontracheques, o Congresso em Foco foi alvo de 50 ações judiciais de funcionários do Senado, 47 delas patrocinadas pelo sindicato deles, o Sindilegis. Duas pediram a censura prévia das reportagens. Todas os processos julgados foram considerados improcedentes pela Justiça. Só restam oito ações em andamento.
TCU manda servidores do Senado devolverem supersalários
Mais sobre supersalários
O trabalho dos auditores da Sefip Alexander Jorge, Lídio José Ferreira e Allyson Paulista mostra que 294 funcionários do Senado tinham jornada de trabalho menor que 40 horas semanais. Ainda assim, recebiam como se cumprissem toda a carga horária exigida, de oito horas por dia de segunda a sexta-feira. Por isso, esses funcionários deverão devolver R$ 102 milhões, ou R$ 347 mil em média para cada um. Pagando R$ 2.800 mensais, levarão dez anos para repararem o prejuízo aos bolsos dos contribuintes.
Reajustes irregulares para 177 membros de comissões de licitação, enfermeiros, seguranças e motoristas causaram um rombo de R$ 139 milhões nos últimos cinco anos, de acordo com os auditores do TCU. Para devolver tudo, cada um levará 23 anos e meio para quitar os R$ 788 mil devidos, em média.
 As nove irregularidades e o valor médio das devoluções 
A operação deve ser ainda mais complicada porque o Sindicato dos Servidores do Legislativo (Sindilegis) já recorreu da decisão que cortou os megacontracheques da Câmara e promete fazer o mesmo com a determinação que mandou os funcionários do Senado restituírem o dinheiro recebido de forma ilegal. Entretanto, juristas ouvidos pelo Congresso em Foco afirmam que, se houver vontade política dos parlamentares, recursos feitos fora do Judiciário poderão ser ignorados pela administração das duas Casas.
Em seu voto, o ministro revisor do caso no TCU, Walton Alencar, disse que a devolução dos valores nada tem a ver com uma alegada boa-fé dos funcionários. "A obrigatoriedade independe da boa ou má-fé", disse Walton Alencar.
Atos secretos
A auditoria do TCU foi feita a pedido do Ministério Público Federal e do então presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), após a revelação dos atos secretos da Casa, em 2009. Era um conjunto de normas não publicadas nos boletins internos do Senado que concediam aumentos e faziam nomeações de apadrinhados dos senadores e de altos funcionários da Casa.
Com base na auditoria, em 2011, o Ministério Público ajuizou três ações contra o Senado, a Câmara e a União, pelo pagamento de supersalários. O juiz Alaôr Piacini, da 9ª Vara Federal, determinou liminarmente o corte nos pagamentos ilegais. Apenas o Senado e a Câmara recorreram e conseguiram suspender a decisão no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O caso ainda está sendo julgado pela 9ª Vara. Agora, ao contrário de recorrer, o Senado promete cumprir uma decisão ainda mais rigorosa do que a determinada há dois anos.
Reportagens e censura
Como mostrou série de reportagens do Congresso em Foco, os supersalários são pagos a políticos, autoridades, magistrados e servidores de todos os Poderes, dentro e fora de Brasília. No Congresso, até o ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) recebe acima do teto. Com cerca de 7 mil funcionários efetivos, o Congresso tinha 1.588 servidores (quase um quarto) ganhando mais do que prevê a Constituição em 2009 e 2010. Três anos depois, a quantidade quase dobrou, chegando a 2.914 segundo nova auditoria do TCU, revelada pelo jornal O Estado de S.Paulo. São 714 no Senado e 2.200 na Câmara.
Por publicar listas com nomes de servidores do Congresso donos de megacontracheques, o Congresso em Foco foi alvo de 50 ações judiciais de funcionários do Senado, 47 delas patrocinadas pelo sindicato deles, o Sindilegis. Duas pediram a censura prévia das reportagens. Todas os processos julgados foram considerados improcedentes pela Justiça. Só restam oito ações em andamento.
TCU manda servidores do Senado devolverem supersalários
Mais sobre supersaláriosTags
Temas
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas
Câmara dos Deputados
Comissão debate isenção de registro para professor de educação física