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Congresso em Foco
16/7/2014 | Atualizado às 15:14
Em depoimento à CPI instalada no Senado para apurar supostas irregularidades na Petrobras, o gerente-geral de implementação de empreendimentos da estatal, Glauco Legati, negou a existência de erro de projeto ou superfaturamento na obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
O custo da refinaria foi estimado, em 2005, em US$ 2,5 bilhões. Mas, segundo a Petrobras, a obra, ainda não concluída, deve custar quase US$ 20 bilhões.
Legati atribuiu a diferença entre o estimado e o gasto ao aumento nos custos de contratos devido a alterações no projeto, variação cambial e juros de financiamentos. E, segundo ele, o ponto de referência deve ser a terceira fase do empreendimento (conclusão do projeto básico), quando custo era de US$ 13,4 bilhões.
"Os contratos e aditivos são negociados e nada é assinado sem passar por estimativa da área técnica e por pareceres das áreas jurídica e de desempenho. Não existe superfaturamento nos contratos da refinaria. Os custos estão adequados aos orçamentos feitos e os preços são de referenciais de mercado. São compatíveis com uma obra de grande porte e complexidade", disse Legati.
O gerente também negou a existência de erros de projeto, mencionando que nada foi "desmanchado" para ser refeito e nem construído além do previsto. Sobre a atuação do Tribunal de Contas da União, ele disse que a obra de Abreu e Lima, também conhecida como Refinaria do Nordeste (Rnest), "foi a mais fiscalizada até hoje".
Legati disse ter mantido contato com Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, apenas no âmbito profissional e avaliou que ele não foi responsável pelo aumento no custo das obras de Abreu e Lima. Costa é acusado de participação em esquema desbaratado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, deflagrada em março último. O esquema de lavagem de dinheiro seria liderado pelo doleiro Alberto Youssef e teria movimentado R$ 10 bilhões.
A oposição boicota a CPI exclusiva do Senado por considerá-la "chapa branca". Por isso, foi criada na Câmara, onde o Palácio do Planalto tem menos força política, uma CPI mista, com deputados e senadores, para também apurar supostas irregularidades nos negócios da Petrobras. Hoje, por exemplo, apenas o senador José Pimentel (PT-CE), e o vice-presidente, Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), participaram da reunião.
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