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Congresso em Foco
1/9/2010 18:49
Thomaz Pires
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu no início desta noite a representação da bancada do PSDB para que sejam investigadas as quebras dos sigilos na Receita Federal contra aliados e pessoas próximas do candidato da oposição à Presidência, José Serra. O documento considera que houve motivação política e eleitoral para que as informações de Verônica Serra, filha do candidato tucano à Presidência, José Serra, fossem vazadas, além das referentes ao vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge.
Leia a representação na íntegra
O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR) partiu para o ataque nesta tarde. Em discurso no plenário, ele classificou como ação de espionagem as informações vazadas da filha de Serra a mando do "Estado aparelhado". Segundo ele, não há dúvidas de que o documento permitindo o acesso às declarações de imposto de renda da filha de Serra foi forjado.
"Trata-se de falsificação grosseira. São os falsificadores da República, atuando no subterrâneo da ilegalidade. Há clara evidência de que a espionagem teve motivação política e eleitoral. E isso não será tolerado por nós", garantiu.
O contador Antônio Carlos Atella Ferreira admitiu ao jornal O Globo que foi ele quem retirou cópias das declarações de IR de Verônica Serra na agência da Receita Federal em Santo André, município do ABC paulista. Ainda segundo o contador, ele teria feito isso por encomenda de uma pessoa, que queria prejudicar Serra.
Em entrevista coletiva concedida nesta tarde, o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, admitiu que "aconteceu a falsificação de documento público federal" para a liberação das informações da filha de Serra. O secretário da Receita Federal não quis responder a perguntas sobre o caso. Ele simplesmente leu o comunicado e, em seguida, deixou o auditório do prédio da Receita, em Brasília.
A representação do PSDB será protocolada no TSE pelo advogado do partido, Ricardo Penteado. O documento solicita urgência nas investigação sobre a violação dos sigilos fiscais. Além da filha do candidato Serra e do presidente da legenda, a representação relata o vazamento das informações do economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, de Gregorio Marin Preciado, empresário casado com uma prima de Serra, e de Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Baixando o nível
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP) criticou o candidato à Presidência da República do PSDB, José Serra. Disse aos jornalistas que ele está "baixando o nível" e apelando para a linha "truculenta" ao culpar a campanha de Dilma Roussef (PT) pela violação do sigilo dos tucanos e da filha de Serra.
O líder do governo negou que haja descontrole na Receita Federal, apesar de dizer que o sigilo de 300 pessoas diferentes foi violado. "Nenhum dado sigiloso foi usada na campanha. Esse assunto é para a Polícia Federal", esquivou-se Vaccarezza.
Vaccarezza disse que aqueles que apelarem para a linha da truculência sairão enfraquecidas do processo eleitoral, ao contrário de pessoas como o candidato a senador por Minas Gerais Aécio Neves (PSDB). Para o petista, ele é exemplo da oposição que se fortalecerá após o resultado das urnas.
Colaborou Eduardo Militão
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