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Congresso em Foco
30/3/2010 14:11
Thomaz Pires
O tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, negou nesta manhã no Senado que a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) tenha desviado recursos para abastecer campanhas do partido. O petista respondeu os questionamentos dos senadores da bancado do PSDB e do DEM. Vaccari Neto refutou a existência de saques bancários da conta dos cooperados, oriundos de financiamento de imóveis, para uso político.
De acordo com as denúncias, feitas pelo Ministério Público de São Paulo, as possíveis movimentações podem ter alcançado as cifras de R$ 100 milhões. O caso ganhou repercussão após a publicação de uma reportagem, no último dia 6, da revista Veja. Em matéria de capa, intitulada "A caixa preta do PT", o semanário ouviu o promotor do Ministério Público de São Paulo, José Carlos Blat, que acusa o partido de ter montado uma organização criminosa.
"Não houve superfaturamento na Bancoop sob nenhuma hipótese. E não houve contribuição a partidos políticos", disse Vaccari Neto, em resposta aos questionamentos do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). "A acusação de que me entregavam envelopes em dinheiro não procede. Nunca recebi dinheiro dentro de envelope ou fora de envelope", completou. O tesoureiro do PT também afirmou que não foram emitidas notas frias e que, segundo ele, "estão todas contabilizadas, pagas com as exatas medições de serviço."
Além de negar a existência de um possível "caixa dois", Vaccari Neto argumentou que as unidades habitacionais previstas para ser entregues aos cooperados da Bancoop não sofreram qualquer superfaturamento. "Fizemos uma auditoria interna e confirmamos que o valor adicionais cobrados aos cooperados estão em conformidade com o preço de mercado. Não há qualquer comprovação que tenha ocorrido um desvio, conforme acusa a revista", argumentou.
O depoimento também contou com a presença do advogado da Bancoop, Pedro Dallari, que classificou como "infeliz" a acusação do promotor encarregado do caso. "Durante mais de dois anos ele não tomou sequer uma atitude judicial para apresentar uma acusação contra a cooperativa. Pelo contrário, preferiu 'oxigenar' o caso repassando informações desconexas para a revista", argumentou.
A Cooperativa responde na justiça por 83 ações coletivas dos cooperados e outras 597 ações individuais. Os cooperados alegam terem sido lesados por pagarem valores adicionais e ainda não ter qualquer prazo de entrega dos imóveis. Ao todo, são mais de dez prédios com unidades de médio padrão em diferentes bairros na capital paulista que ainda não foram entregues aos cooperados. 
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