Nos jornais: trânsito mata 247 mil em 7 anos em todo o país

O Globo

Trânsito mata 247 mil em 7 anos

O aumento de 3,9% nas mortes em rodovias federais durante as festas de fim de ano trouxe à tona uma triste realidade: apesar do endurecimento nas leis de trânsito, o país é incapaz de reduzir a tragédia em suas estradas. Dados preliminares do Ministério da Saúde mostram que 36.666 brasileiros perderam a vida em acidentes automobilísticos em 2008 - o equivalente a cem mortes por dia. Em sete anos, morreram nada menos que 247.722 brasileiros em acidentes de trânsito. Daria, por exemplo, para lotar três estádios do tamanho do Maracanã. O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, admitiu ontem que deficiências no controle de velocidade e na sinalização contribuem para os altos índices de acidentes nas rodovias. Segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 455 pessoas morreram nas estradas federais só nos 16 dias da Operação Fim de Ano. O diretor do Dnit afirma que a manutenção das estradas melhorou, mas reconhece que os investimentos não têm surtido o efeito desejado. Ele atribui boa parte dos problemas à ausência de radares na maior parte da malha rodoviária.

Chuvas já mataram 130 pessoas e desalojaram 25 mil em cinco estados

Balanço parcial da Defesa Civil mostra que pelo menos 25,6 mil pessoas estão desalojadas e 5,5 mil desabrigadas em cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. São Paulo é o estado mais afetado, com 106 cidades atingidas - 13 decretaram situação de emergência. No estado, há 15 mil desalojados e 3.601 desabrigados. Quarenta e duas pessoas morreram em decorrência das enchentes e deslizamentos. No Rio, o número de mortos já chega a 74. São 20 municípios fluminenses afetados, 900 pessoas desabrigadas e 1.800 desalojadas.

Saúde compra vacinas contra gripe suína

O Ministério da Saúde fechou ontem um acordo para comprar 83 milhões de doses de vacina contra o vírus da gripe suína. A vacinação será feita entre março e abril deste ano. De acordo com o ministério, os gastos totais foram de R$ 1 bilhão, e as doses virão de três fornecedores diferentes. Um contrato firmado na semana passada entre o ministério e o Fundo Rotatório de Vacinas da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) garantiu mais 10 milhões de doses, num investimento de US$ 70 milhões.

Governo vai cortar impostos para beneficiar exportador

Preocupado com o fraco desempenho das vendas externas brasileiras, o governo vai liberar a compra de insumos com imposto zero ou reduzido, no Brasil e no exterior, para a fabricação de bens voltados à exportação.
Na prática, a medida significará a ampliação do mecanismo conhecido por drawback, que prevê a isenção ou a redução de tributos para matérias-primas e produtos intermediários usados em produtos a serem exportados. O alívio tributário reduz custos, contribuindo para aumentar a competitividade nacional, especialmente na indústria.

Aeronáutica defende compra de caça sueco

A Força Aérea Brasileira (FAB) concluiu seu relatório técnico sobre a concorrência para a aquisição de caças e defendeu a compra do modelo sueco Gripen NG, da Saab - em detrimento da "opção política" do governo federal pelo Rafale francês. Para a FAB, o avião é o ideal para a realidade brasileira. Pesaram o menor custo e a garantia de participação da indústria nacional no processo de desenvolvimento tecnológico.

Militares criticam 'revanchismo'

Os presidentes dos clubes Militar, Naval e da Aeronáutica divulgaram ontem uma nota na qual criticam o lançamento da Comissão Nacional da Verdade, que teria amplos poderes para investigar crimes cometidos durante a ditadura. O decreto assinado pelo presidente Lula, criando a comissão, provocou uma crise no governo que culminou com entregas de cartas de demissão do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e dos comandantes militares. Os presidentes se solidarizam com Jobim e atacam a possibilidade de reabertura de investigações. Os três usam palavras como "revanchismo" e "mesquinharia" para falar dos riscos contra a democracia.

Servidores de 34 gabinetes na máfia das passagens

Oito meses após o surgimento das denúncias de existência de uma máfia que vendia passagens da cota aérea dos deputados, a Câmara ainda mantém a investigação de envolvimento de funcionários no caso. Ao todo, foram encontrados indícios contra 45 servidores, de 34 gabinetes parlamentares, sendo que um deles morreu, e esse processo administrativo foi arquivado. Ontem, o site "Congresso em Foco" publicou a lista dos 44 funcionários que respondem a processo administrativo por suposto envolvimento com a máfia das passagens.
De acordo com o site, dos 44, até agora 15 continuam trabalhando na Câmara. Dezenove foram demitidos, e dez já haviam deixado a Casa antes de estourar o escândalo. A Casa também mantém a investigação do envolvimento de deputados nessa máfia. A comissão de sindicância apura indícios de participação no esquema do deputado licenciado Paulo Bauer (PSDB-SC). Ele é acusado de ter mandado um ex-funcionário vender seus créditos de passagem.

Senado libera 'restos a viajar' a parlamentares

Às vésperas do início do recesso parlamentar e sem fazer alarde, a Mesa Diretora do Senado aprovou um ato que poderá reforçar a campanha de 54 dos 81 senadores que estão em fim de mandato e deverão disputar as eleições deste ano. Anulando uma norma moralizadora instituída após o escândalo das passagens ano passado, em sua última reunião em 2009, no dia 17 de dezembro, a Mesa autorizou, excepcionalmente, que todos os senadores pudessem utilizar ao longo de 2010 os créditos de passagens aéreas não usados em 2009, conforme antecipou ontem o jornal "Correio Braziliense".

Gastos com pessoal crescem R$ 1 bi 

A versão final do Orçamento da União para 2010 mostra um inchaço geral dos gastos. A despesa global com a folha de pessoal e encargos sociais dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) fechou em R$ 184,15 bilhões. Houve acréscimo de R$ 1,09 bilhão nas despesas globais, fixadas em R$ 183,06 bilhões na proposta original enviada pelo governo ao Congresso. Descontada a Contribuição Patronal para a Seguridade do Servidor (CPSS), como prefere contabilizar o Ministério do Planejamento, o gasto é de R$ 170,4 bilhões. Além da expansão desses gastos, o relator-geral do Orçamento, deputado Geraldo Magela (PT-DF), aumentou a proposta orçamentária com R$ 13,23 bilhões nas despesas correntes do governo e mais R$ 13,6 bilhões nos gastos com investimentos.

Para ministro, corte não atingirá Copa

O ministro do Esporte, Orlando Silva, minimizou ontem o anúncio feito pelo relatorgeral do Orçamento, deputado Geraldo Magela (PT-DF), de que ações da Copa do Mundo perderão dinheiro no Orçamento da União de 2010. O parlamentar informou, anteontem, que as negociações com a oposição resultaram num prejuízo de R$ 1,8 bilhão que deveria ser destinado para a competição.
- Esse corte não vai afetar em nada. Confesso que não entendi. Não haverá qualquer impacto na Copa e nem qualquer mudança na programação - disse Orlando Silva.
O ministro afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia este mês os investimentos em projetos de mobilidade urbana. Segundo ele, há dinheiro para outras obras.


O Estado de S. Paulo

Planalto descarta parecer da Aeronáutica sobre caças

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende ignorar relatório do Comando da Aeronáutica que avaliou o caça Gripen NG, da empresa sueca Saab, como o melhor para a renovação da fro