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Congresso em Foco
9/4/2009 18:26
Fábio Góis
Depois de décadas como devedor do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil foi convidado a integrar o Plano de Transações Financeiras - o que, em suma, significa que o país passa à condição de credor da instituição de crédito até o final de abril, o que não acontecia desde 1982. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (9) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
"O FMI está convidando o Brasil a fazer parte dos países que são credores. São 47 países, que, se chamados a contribuir com o fundo, para poder viabilizar recursos financeiros, poderão fazê-lo", anunciou Mantega. "Eu aceitei hoje esse convite."
O ingresso do Brasil no grupo de credores é fator decorrente dos desdobramentos do atual contexto econômico-financeiro mundial - a economia brasileira tem uma das mais saudáveis respostas à crise financeira internacional, o que tem elevado o fluxo de investimentos estrangeiros. Com a formalização do convite, o país poderá emprestar ao FMI até R$ 4,5 bilhões.
"São países que demonstram que têm solidez nas contas externas e têm reservas.", disse o ministro, ressalvando que ainda não existe definição de empréstimos, e que estes serão executados apenas como resposta a demandas do fundo.
Mas, lembra Mantega, o fato de o país ter aceitado ao convite "não quer dizer que vamos colocar o dinheiro agora. Se o fundo necessitar, vai nos solicitar, e colocaremos até este total. Mas eles darão em troca direitos especiais de saques", acrescentou o ministro, explicando que o Brasil terá acesso diferenciado a uma "reserva de valor" com o limite acima estipulado.
Na hipótese de um eventual empréstimo do Brasil ao FMI, isso será considerado apenas como alteração na modalidade de aplicação de capital brasileiro no exterior, uma vez que a operação se dará a partir do dinheiro hoje aplicado em títulos do governo dos Estados Unidos.
"[A inclusão no grupo de países credores] é importante para nós, pois estaremos do lado daqueles que vão contribuir caso o FMI precise de recursos para financiar outros países", concluiu.
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